Mostrando as postagens mais recente para a consulta imagens globalização. Mostrar postagens mais antigas Mostrando as postagens mais recente para a consulta imagens globalização. Mostrar postagens mais antigasquinta-feira, 18 de setembro de 2008
SITES SOBRE HISTÓRIA
Apresentação com comentário
APRESENTAÇÃO
REGIME MILITAR NO BRASIL
HISTORIA GERAL E DO BRASIL
JORNAL HISTÓRIA&MEMORIA
CONSEJO NACIONAL PARA LA CULTURA Y LAS ARTES
O ANO 1968 NO BRASIL
MITOLOGIA GRECO-ROMANA E DE OUTROS POVOS
LUIZ GUILHERME MOREIRA - RELAÇÃO DE SITES SOBRE HISTÓRIA
GUIA DA INTERNET PARA CIENTISTAS SOCIAIS, HISTORIADORES E ARQUIVISTAS
CENTRO BRASILEIRO DE ESTUDOS LATINO-AMERICANOS - CEBELA
INFORMATIVOS ELETRÔNICOS
OFICINA CINEMA-HISTÓRIA
ESCOLA NET
REDE DE ESPECIALISTAS - GOVERNO DO RIO DE JANEIRO
POVOS INDÍGENAS DO BRASIL
REVISTA ONLINE "CABRAL, O VIAJANTE DO REI"
GRAMSCI NO BRASIL
PATRIA GRANDE
SITE DE ALUNOS DE ECONOMIA DA UFMA
--------------------------------------------------------------------------------
APRESENTAÇÃO
Nesta página apresentamos sites relacionados com o saber histórico que julgamos mais interessantes.
Sugerir sites não é novidade nas diversas homepages na Internet.
Mas observamos que poucas homepages trazem comentários sobre os sites sugeridos e quando trazem são deveras sucintos.
Por isso resolvemos inovar apresentando comentários mais extensos sobre os sites que sugerimos, com informações essenciais, de tal forma que, antes de acessá-los, o navegador tenha uma idéia mínima dos conteúdos e da qualidade dos mesmos.
É claro que esta relação é sempre incompleta.
Com certeza há outros sites interessantes que desconhecemos
Na medida em que formos conhecendo outros, iremos incluindo-os nesta relação.
No caso de sites que trazem relação de sites sobre História apresentaremos esta relação com os comentários, se houver, do criador do site.
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
O REGIME MILITAR NO BRASIL
É um Site ainda em construção sobre o regime militar. Nele encontramos um resumo histórico dos governos militares e ainda a presidência anterior ao regime e o período de redemocratização.
Há informações sobre alguns fatos que marcaram a ditadura: os movimentos de oposição e a repressão. O menu possui os seguintes itens: [Governos] [Resistência] [Repressão] [Pesquisa]
- No Item [governos] há apresentação doss governos de: Jânio Quadros, João Goulart, dos governos do Regime Militar: Castello Branco, Costa e Silva, Geisel, Junta Militar, Médici, Figueiredo; e por último, do governo Sarney.
- No item [resistência] dá-se destaque aos movimentos sociais como o movimento estudantil, Movimentos sindicais, Ligas Camponesas, e os grupos que foram para a luta armada fazendo uma síntese histórica de sua atuação.
- O item [Repressão] ainda não foi consttruído.
- O Item [pesquisa] sugere uma série de instituições, jornais, bibliotecas como fonte de pesquisa.
- Possibilita também download de reportaagens e artigos sobre o Regime Militar publicados na imprensa brasileira.
- Oferecemos este download também nesta página. Clique logo abaixo para fazer o download:
Download de textos sobre a ditadura militar no Brasil
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
HISTORIA GERAL E DO BRASIL
Traz informações sobre o Brasil Colonia, Independencia do Brasil, Brasil Imperio.
Quanto à História Geral traz também informações sobre a Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
- Sobre a historia moderna há o seguintee: o estado nacional e o absolutismo;o mercantilismo e sistema colonial; a reforma; o expansionismo maritimo-comercial;o renascimento cultural
- Sobre a Idade media: O Despertar da Euuropa; a Baixa Idade Média; a Questão do Comércio; Desenvolvimento Urbano; O Papel da Mulher; As Corporações de Ofício; Senhores Feudal X Burguesia; A Igreja Católica na Idade Média; A Crise dos Séculos XIV e XV
- Sobre a Idade Contemporânea: Iluminismmo e ciencia politica; independencia dos Estados Unidos; a revolução inglesa; a revolução industrial; a revolução francesa; o congresso de viena e as revoluções liberais; o movimento operario europeu; o imperialismo afroasiatico;unificação da Alemanha e da Itália; os Estados Unidos no seculo XIX; a América Latina no seculo XIX; 1ª grande guerra; revolução russa de 1917;o nazi-fascismo; a crise de 1929; 2ª guerra mundial
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
JORNAL MEMÓRIA&HISTÓRIA
Homepage do Jornal História & Memória, confeccionado por alunos de graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Há neste site artigos relacionados à historia como: "Determinando objetos e objetivos: a escrita histórica" de Marcelo Mac Cord;"Fausto e a conveniência: O nazi-fascismo no cinema", do Professor de História Daniel Aarão Reis Filho.
Há indicações de eventos ligados à história como também entrevistas com historiadores como :
Lucia Oliveira Lippi - Diretora do Centro de Pesquisas e Documentação da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC-FGV).
Leandro Konder - Filósofo e professor do Departamento de Educação da PUC.
Falcon - Cordenador do curso de Pós-Graduação da PUC - RJ.
Ciro Flamarion Cardoso - Professor do Departamento de História da UFF.
Philippe Joutard - Ex-reitor da Academia de Toulouse.
Maria Yedda Linhares - Professora Emérita da UFRJ.
Arno Wheling- Presidente do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
CONSEJO NACIONAL PARA LA CULTURA Y LAS ARTES
O Centro de Cultura Tijuana é o principal espaço de cultura do noroeste do mexico e um dos mais importantes de todo o pais.
Desde sua criação em Tijuana, Baixa California, el CECUT representou uma oportunidade múltipla para o desenvolvimento da cultura não somente nesta cidade mas também na importante zona fronteiriça a que pertence.
Artes plasticas o cinema, o teatro, a musica e o pensamento da baixa californa e o resto do pais, sem excluir as manifestações internacionais, tem encontrado neste site um ponto de confluência, constituído por um magnífico espaço arquitetônico que se converteu em uma presença digna da cidade. Particularmente interessante nesta homepage são as páginas que trazem informações e fotos dos grupos indígenas da baixa california e dos instrumentos de tortura ao longo da história ocidental cujo acesso direto é este:
Instrumentos de Tortura no Ocidente
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
O ANO 1968 NO BRASIL
Site ainda em construção mas que já traz sobre o ano 1968 no Brasil. Traz uma série de fotos como a passeata dos 50 mil, manifestações estudantis, etc... acompanhadas de frases de lideranças e intelectuais da época como Wladimir Palmeira, Florestan Fernandes, Hélio Pellegrino... É apresentada também uma cronologia com os principais fatos de janeiro a junho de 1968 onde são lembrados fatos como estréia da peça Roda Viva no Teatro Princesa Isabel no Rio de Janeiro, Passeata dos cem mil no Rio de Janeiro, Ato Público na Praça da Sé em comemoração ao 1º de maio, etc....
Eis algumas frases de lideranças e intelectuais que destacamos:
. Vladimir Palmeira: "O Povo está na praça pública, logo está na sua casa, este é um direito de propriedade que precisa ser respeitado."
. Hélio Pellegrino, na passeata dos 100 mil: "Isto aqui não é a marcha da família com Deus; é a do Povo pela sua libertação."
. Padre Luciano, na passeata dos 50 mil:"Onde estiver o sangue generoso dos jovens, lá estaremos nós, suas mães."
. Irene Papi, na passeata dos 100 mil: "Não somos uma trincheira para ser conquistada! Vocês estão gastando canhão para matar passarinho."
. Florestan Fernandes: "Reafirmamos nossa disposição de responder violentamente à violência da ditadura."
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
MITOLOGIA GRECO-ROMANA E DE OUTROS POVOS
Traz estudossobre mitologia greco-romana principalmente mas também sobre as do Oriente, egito, Celta, e em breve sobre a do Brasil.
Traz fábulas gregas como: ""A criação do homem por prometeu"; "As idades da humanidade";"Aracne versus Atena";"A dor de Io";"As idades da humanidade". Informações sobre deuses gregos.
Há textos como:"As musas" - René Menard; "Os centauros", pierre Grimald; os signos do zodíaco, rené Menard; "Ab Initio...uma viagem pelos Mitos da Criação", por Breno xavier. "No principio era o Caos - O nascimento dos Primeiros Deuses" - por Breno Xavier "Uma introdução aos aspectos do Mythos Grego-romano", por Breno Xavier.
Há a galeria de mitos destacando a mitologia celta, a mitologia chinesa, mitologias diversas, mitologia egípcia, mitologia escandinava, folclore, mitologia maia.
Há a Enciclopédia Mythos com 138 verbetes dos quais destacamos: Abadir, Abas, Acacális, Ácaco, Academo, Acalânti, adonis, agláia,afrodite, cárites, cronon, dionísio, deméter, dione,gálates, ganimedes, zeus, zéfiro, zagreu,vênus, vulcano, Urano, Ulisses, Tânato, Taras, Titãs, Réia, Quimera, Quirino, perséfone, Oceano, Leto, Jápeto, Ícaro, Hádes, Hebe, Hefesto, Hermes, Héstia, Hipérion,Gálates, Ganimedes, Éos, Ésfinge,electra, eco, efialtes, deméter, dione, dionísio, Bia, etc...
R E T O R N A___A O___Í N D I C E
LUIZ GUILHERME MOREIRA - RELAÇÃO DE SITES SOBRE HISTÓRIA
Relação de Sites referentes à história feita pelo aluno de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Guilherme Moreira. Nela constam os seguintes sites:
1. Abolição e os Imigrantes - Síntese do processo de abolição.
2. Ação Integralista Brasileira - História da AIB e sua ideologia.
3. Acervo da História do Brasil - Coletânea de fatos históricos importantes ocorridos no Brasil. Os 100 anos de Canudos. Conheça a Bahia. Salvador, BA.
5. Arquivo Nacional - Informações sobre vários momentos da História do Brasil.
6. A Aviação Militar e as Revoluções - As Revoluções de 1922 a 1935 sob o ponto de vista dos militares.
7. Benjamim Constant - Informações sobre o militar.
8. Brasil em Resumo - Painel das características do Brasil.
9.Brasil por Sérgio Koreisha - Informações sobre a Independência do Brasil e outros períodos da História do Brasil. Em Inglês.
11. Café e a Escravidão Africana - Informações sobre a escravidão, dados sobre o censo da época e documentos históricos com procurações e impostos vigentes.
12. Canudos 100 anos - História de Canudos: resenhas, artigos e ensaios.
13.Colonização Portuguesa - Resumo histórico da colonização portuguesa entre 1497 e 1600. Em inglês.
14. Companhia de Jesus - História da Companhia de Jesus e as missões jesuíticas.
15.Constituição de 1988 - Constituição de 1988 está disponível neste site.
16.Ditadura Militar - Reportagens sobre a ditadura no Brasil, com informações sobre os grupos guerrilheiros, as técnicas de tortura. Em inglês.
17.Euclides da Cunha - Artigos a respeito do autor.
18. Fernando Henrique Cardoso - Currículo de FHC e o discurso do Presidente.
19. Getúlio Vargas - Perfil de Getúlio. Site sobre a Revolução de 1930 e a legislação trabalhista.
20.Getúlio Vargas - Morte - Carta deixada por Getúlio e as repercussões de sua morte.
21.Giuseppe Garibaldi - Fotos e dados biográficos, em inglês.
22. Governos Militares - Texto sobre vários governos do período militar.
23.Grupo de História e Teoria da Ciência - Grupo da UNICAMP que congrega professores e pesquisadores que se dedicam a pesquisas sobre história da ciência, filosofia da ciência e temas correlatos.
24. Guerra do Paraguai - Site não-oficial das Forças Armadas, que retrata o tema.
25.Guerra dos Emboabas e Tiradentes - Links para sites a respeito dos temas.
26. História da República Brasileira - Abrange do marechal Deodoro a Collor e algumas informações sobre alguns movimentos sociais na História da República.
27.História de Manaus - Página oficial de Manaus, com sua História.
28.História do Uruguai - Breve História do Uruguai, com fatos implicando Brasil e Argentina.
29.Imigração Japonesa - História da imigração Japonesa no Brasil, em inglês.
30.Independência do Brasil - Home page sobre a Independência do Brasil. Além disso, contém informações sobre livros e CD-ROMs sobre História, links para criação de Home Pages e links sobre História.
31.Índios Guaranis - Mitologia e um dicionário guarani. Em espanhol e inglês.
32.Instituições Políticas - Texto sobre as Instituições Políticas Brasileiras: Constituição, Executivo etc.
33. Italianos no Sul - História e organização da Festa da Uva no Sul.
34. Joaquim Nabuco - Correspondência de Joaquim Nabuco entre 1865 e 1910 sobre Abolicionismo, Constituições, República e outros.
35.Laboratório de História Antiga da U.F.R.J. (LHIA). 36.Lampião e o Cangaço - Breve histórico do Cangaço e a saga de Lampião.
37.Lula - Biografia e sua participação na greve histórica do ABC.
38.Mapas Raros - O Novo Mundo - Visão dos europeus sobre a América entre 1544 e 1688.
39. Maurício de Nassau - Desenhos de animais feitos pelos artistas de sua comitiva.
40.Mitologia - Enciclopédia Mitológica em inglês, com mais de 4300 definições de deuses de todas as origens. Contem informações sobre deuses, folclore e lendas
41.Movimentos Sociais e Democráticos - Página da Unesp com informações sobre o tema.
42.Museu da República - Visita virtual ao museu, onde pode ser encontrada a galeria dos presidentes brasileiros.
43.Museu Mariano Procópio - Visita virtual ao museu, onde se vêem peças, moedas, dependências dos imperadores do Brasil.
44.O Estado: Reformas - Busca no arquivo do jornal O Estado de SP reportagens sobre as reformas políticas. Escreva reforma e politica (sem acento), clique em pesquisar e obtenha mais de 3.000 reportagens.
45.PROEDES - O Programa de Estudos e Documentação Educação e Sociedade é um grupo de pesquisa da Faculdade de Educação da UFRJ que trabalha desde 1987 em duas linhas de pesquisa: a) história das instituições educacionais e científicas; b) construção do pensamento educacional brasileiro.
46. Princesa Isabel - Coleção de fotografias da Princesa e fotos da época.
47. Projeto Vera Cruz 500 anos - Comemoração do V Centenário do Descobrimento. Patrocinado pelo Ministério da Cultura e pela FUNARTE.
48.Quilombo dos Palmares - Reportagem da revista Sem Fronteiras sobre o Quilombo.
49. Rebeliões Pernambucanas - Rebeliões ocorridas durante a Colônia e a Monarquia.
50. Revolução Pernambucana - Site com Links sobre o tema.
51. Revolta da Vacina - Home page da TV Cultura, com site sobre o tema.
52. Revolta dos Beckman - Rio de Janeiro através dos jornais (1888-1969) por João Marcos Weguelins - Algumas reportagens sobre acontecimentos históricos em jornais da época.
53. Scientific American - Canal direto para quem gosta de notícias e pesquisas cientificas. Cobertura completa de tudo sobre Natureza, Ciência e Tecnologia, História e Exploração do Mundo, com filmes e fotos bem elaborados.
54. Simón Bolívar - Discursos de Bolívar e links para outras páginas.
55.Tancredo Neves - Morte - Fotos e reportagens sobre o assunto.
56.Transição Sarney/Collor/FHC - Textos sobre o momento, incluindo as disputas eleitorais.
57.Viagem pela História do Brasil - Link do livro Viagem pela História Brasileira.
58.Visconde de Mauá - Biografia e fotos.
globalização
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Filmes!!!!!!
Indico a todos que trablham com história e georafia que assistam com ses alunos:
*Chove sobre Santiago.
*La Notche de los Lapizes.
*Germinal.
*Amazonas em Chamas.
*A Missão.
*Terra para Rose.
*O nome da Rosa.
*Em nome do Pai.
*Z
*Estado de Sítio.
* A história Oficial.
* A Casa dos Espíritos.
* A hora final.
Em outra postagem deixo mais umas indicações... Obrigada Anita
*Chove sobre Santiago.
*La Notche de los Lapizes.
*Germinal.
*Amazonas em Chamas.
*A Missão.
*Terra para Rose.
*O nome da Rosa.
*Em nome do Pai.
*Z
*Estado de Sítio.
* A história Oficial.
* A Casa dos Espíritos.
* A hora final.
Em outra postagem deixo mais umas indicações... Obrigada Anita
O Descobrimento do Brasil ???????
O Descobrimento do Brasil
O filme retrata o momento de um país que já nasce do choque entre culturas. O português chega em Vera Cruz, e acaba vendo que a própria se encontra habitada. Um contato é necessário e assim iniciam-se conflitos que se tornariam vestígios de uma relação de superposição de culturas, de "vestidos contra nus", o primeiro choque etnocêntrico que todos já sabemos os resultados. É nesse embate que nasce a câmera de Humberto Mauro.
O filme retrata o momento de um país que já nasce do choque entre culturas. O português chega em Vera Cruz, e acaba vendo que a própria se encontra habitada. Um contato é necessário e assim iniciam-se conflitos que se tornariam vestígios de uma relação de superposição de culturas, de "vestidos contra nus", o primeiro choque etnocêntrico que todos já sabemos os resultados. É nesse embate que nasce a câmera de Humberto Mauro.
A Moreninha
A Moreninha
Toda a história se passa na paradisíaca Ilha de Paquetá centrada em Carolina e Augusto, dois amantes que começaram a gostar-se durante a infância e a adolescência e que a vida acabou separando. Eles agora estão tentando se reencontrar e resgatar esse primeiro e verdadeiro amor. Amigos da família reúnem-se para um sarau na casa de Carolina. Lá, ele vai reencontrar aquele amor dos tempos de criança, com quem trocou juras de amor.
Toda a história se passa na paradisíaca Ilha de Paquetá centrada em Carolina e Augusto, dois amantes que começaram a gostar-se durante a infância e a adolescência e que a vida acabou separando. Eles agora estão tentando se reencontrar e resgatar esse primeiro e verdadeiro amor. Amigos da família reúnem-se para um sarau na casa de Carolina. Lá, ele vai reencontrar aquele amor dos tempos de criança, com quem trocou juras de amor.
Jesus de Nazaré
Jesus de Nazaré
Clássico que conta a história de Jesus desde sua humilde origem, como filho de Deus, durante a ocupação romana em Israel. Concebido por Maria, passa por uma sofrida infância de peregrinação. Quando José morre, Maria diz a Jesus que chegou a hora de realizar a sua profecia. Sua dramática viagem inclui o Sermão no Montes das Oliveiras, as Tentações de Satanás, a escolha dos Doze Apóstolos, a Última Ceia, a Crucificação e a Ressurreição.
Clássico que conta a história de Jesus desde sua humilde origem, como filho de Deus, durante a ocupação romana em Israel. Concebido por Maria, passa por uma sofrida infância de peregrinação. Quando José morre, Maria diz a Jesus que chegou a hora de realizar a sua profecia. Sua dramática viagem inclui o Sermão no Montes das Oliveiras, as Tentações de Satanás, a escolha dos Doze Apóstolos, a Última Ceia, a Crucificação e a Ressurreição.
Carta do Índio de Seattle-1854- Reflexão-
REFLEXÃO: Carta do Índio de Seattle: Trabalho com alunos do 8° e 9° anos
A Carta do Chefe Seattle (1854)
Carta escrita em 1854 pelo chefe Seatle, e dirigida ao presidente dos Estados Unidos da América, quando este lhe propôs comprar grande parte de terras de sua tribo.
Um exemplo sublime de consciência Holística e Ecológica. Uma denúncia à ganância do homem branco, cioso de seu intelecto. Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. Um apelo ao humanismo:
"O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao [seu próprio] mau cheiro.
"Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós a decidirmos aceitar, imporei uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
"O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.
"Vocês devem ensinar às sua crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
"Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
"O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu a teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo.
"Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos ( e o homem branco poderá vir a descobrir um dia ): Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
"Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o inicio da sobrevivência.
"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa Idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los.
"Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
"Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
"Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
"Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.
"Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmuro do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.”
Carta del Jefe Indio al Presidente de USA
A Carta do Chefe Seattle (1854)
Carta escrita em 1854 pelo chefe Seatle, e dirigida ao presidente dos Estados Unidos da América, quando este lhe propôs comprar grande parte de terras de sua tribo.
Um exemplo sublime de consciência Holística e Ecológica. Uma denúncia à ganância do homem branco, cioso de seu intelecto. Um grito contra a injustiça dos que pensam ter o direito sobre a terra, excluindo seus semelhantes e outros seres vivos. Um apelo ao humanismo:
"O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo sopro: o animal, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo sopro. Parece que o homem branco não sente o ar que respira. Como um homem agonizante há vários dias, é insensível ao [seu próprio] mau cheiro.
"Portanto, vamos meditar sobre sua oferta de comprar nossa terra. Se nós a decidirmos aceitar, imporei uma condição: O homem branco deve tratar os animais desta terra como seus irmãos.
"O que é o homem sem os animais? Se os animais se fossem, o homem morreria de uma grande solidão de espírito. Pois o que ocorre com os animais, breve acontece com o homem. Há uma lição em tudo. Tudo está ligado.
"Vocês devem ensinar às sua crianças que o solo a seus pés é a cinza de nossos avós. Para que respeitem a terra, digam a seus filhos que ela foi enriquecida com a vida de nosso povo. Ensinem às suas crianças o que ensinamos às nossas: que a terra é nossa mãe. Tudo o que acontecer à Terra, acontecerá também aos filhos da terra. Se os homens cospem no solo, estão cuspindo em si mesmos.
"Disto nós sabemos: a terra não pertence ao homem; o homem é que pertence à terra. Disto sabemos: todas as coisas então ligadas como o sangue que une uma família. Há uma ligação em tudo.
"O que ocorre com a terra recairá sobre os filhos da terra. O homem não teceu a teia da vida: ele é simplesmente um de seus fios. Tudo o que fizermos ao tecido, fará o homem a si mesmo.
"Mesmo o homem branco, cujo Deus caminha e fala como ele de amigo para amigo, não pode estar isento do destino comum. É possível que sejamos irmãos, apesar de tudo. Veremos. De uma coisa estamos certos ( e o homem branco poderá vir a descobrir um dia ): Deus é um Só, qualquer que seja o nome que lhe dêem. Vocês podem pensar que O possuem, como desejam possuir nossa terra; mas não é possível. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual para o homem branco e para o homem vermelho. A terra lhe é preciosa e feri-la é desprezar o seu Criador. Os homens brancos também passarão; talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminem suas camas, e uma noite serão sufocados pelos próprios dejetos.
"Mas quando de sua desaparição, vocês brilharão intensamente, iluminados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e por alguma razão especial lhes deu o domínio sobre a terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não compreendemos que todos os búfalos sejam exterminados, os cavalos bravios sejam todos domados, os recantos secretos das florestas densa impregnados do cheiro de muitos homens, e a visão dos morros obstruídas por fios que falam. Onde está o arvoredo? Desapareceu. Onde está a água? Desapareceu. É o final da vida e o inicio da sobrevivência.
"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa Idéia nos parece um pouco estranha. Se não possuímos o frescor do ar e o brilho da água, como é possível comprá-los.
"Cada pedaço de terra é sagrado para meu povo. Cada ramo brilhante de um pinheiro, cada punhado de areia das praias, a penumbra na floresta densa, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados na memória e experiência do meu povo. A seiva que percorre o corpo das árvores carrega consigo as lembranças do homem vermelho.
"Essa água brilhante que escorre nos riachos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos antepassados. Se lhes vendermos a terra, vocês devem lembrar-se de que ela é sagrada, e devem ensinar às suas crianças que ela é sagrada e que cada reflexo nas águas límpidas dos lagos fala de acontecimentos e lembranças da vida do meu povo. O murmúrio das águas é a voz dos meus ancestrais.
Os rios são nossos irmãos, saciam nossa sede. Os rios carregam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se lhes vendermos nossa terra, vocês devem lembrar e ensinar para seus filhos que os rios são nossos irmãos e seus também. E, portanto, vocês devem, dar aos rios a bondade que dedicariam a qualquer irmão.
"Sabemos que o homem branco não compreende nossos costumes. Uma porção de terra, para ele, tem o mesmo significado que qualquer outra, pois é um forasteiro que vem à noite e extrai da terra tudo que necessita. A terra, para ele, não é sua irmã, mas sua inimiga e, quando ele a conquista, extraindo dela o que deseja, prossegue seu caminho. Deixa para trás os túmulos de seus antepassados e não se incomoda. Rapta da terra aquilo que seria de seus filhos e não se importa. Seu apetite devorará a terra, deixando somente um deserto.
"Eu não sei... nossos costumes são diferentes dos seus. A visão de suas cidades fere os olhos do homem vermelho. Talvez porque o homem vermelho seja um selvagem e não compreenda.
"Não há um lugar quieto nas cidades do homem branco. Nenhum lugar onde se possa ouvir o desabrochar de folhas na primavera ou o bater de asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não compreendo. O ruído parece somente insultar os ouvidos. E o que resta de um homem, se não pode ouvir o choro solitário de uma ave ou o debate dos sapos ao redor de uma lagoa, à noite? Eu sou um homem vermelho e não compreendo. O índio prefere o suave murmuro do vento encrespando a face do lago, e o próprio vento, limpo por uma chuva diurna ou perfumado pelos pinheiros.”
Carta del Jefe Indio al Presidente de USA
Globalização!!!
GLOBALIZAÇÃO
Globalização
23/10/2003
Escrito por:
Manoel Ruiz
O conceito globalização surgiu em meados da década de 1980, a qual vem a substituir conceitos como internacionalização e transnacionalização, porém se voltarmos no tempo podemos observar que é uma prática muito antiga. A humanidade desde o início de sua existência vem evoluindo, passou de uma simples família para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, nações e hoje com a interdependência de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um fenômeno natural, denominado de "aldeia global".
Globalização ou mundialização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta, também denominado "aldeia global". As notícias do mundo são divulgadas pelos jornais, radio, TV, internet e outros meios de comunicação, o mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, o atentado ao World Trade Center (as torres gêmeas), a invasão americana ao Iraque, quem não assistiu o Brasil penta campeão mundial de futebol. Com toda essa tecnologia a serviço da humanidade, da a impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim a vida do ser humano sofre influência direta dessa tal Globalização.
Hoje uma empresa produz um mesmo produto em vários países e os exportam para outros, também podemos observar a fusão de empresas, tudo isso tem como objetivo baixar custos de produção, aumentar a produtividade, então produtos semelhantes são encontrados em qualquer parte do mundo.
A Globalização analisada pelo lado econômico-financeiro teve seu início na década de 80, com a integração a nível mundial das relações econômicas e financeiras, tendo como pólo dominante os Estados Unidos. Analisando a Globalização podemos destacar o lado positivo como: o intercambio cultural e comercial entre nações, importante para todos os povos, os riscos reais, entre outros. Agora vamos ver o lado negativo: a Globalização é crescente os povos ficam a cada dia mais interdependentes, porém os países desenvolvidos são os maiores beneficiados ficando cada vez mais ricos, enquanto os países em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres. Então algumas medidas deverão ser tomadas para tentar mudar este quadro.
http://www.sociedadedigital.com.br
Globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência.
"Parece absurdo pensar nisso, mas a temperatura de seu corpo, nesse exato momento, é preservada por uma roupa produzida graças ao trabalho de milhares de pessoas em várias partes do mundo.
Por qualquer ângulo que se olhe, percebemos que cada indivíduo vive hoje numa sociedade mundial. As pessoas se alimentam, se vestem, moram, são transportadas, se comunicam, se divertem, por meio de bens e serviços mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.
Suponhamos que você vá com seus amigos comer um cheeseburger e tomar Coca-Cola no McDonald's. Em seguida, assista a um filme de Steven Spielber e volte para casa num carro Ford ou num ônibus Mercedes. Ao chegar, o telefone toca. Você atende num aparelho fabricado pela Siemmens e ouve um amigo lembrando-o de um videoclipe que começou há instantes na televisão: Michael Jackson em seu último lançamento. Você corre e liga o aparelho da marca Mitsubishi. Ao terminar o clipe, decide ouvir um CD do grupo Simply Red gravado pela BMG Ariola Discos, de propriedade da Warner, em seu equipamento Philips.
Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse curto programa de algumas horas. Na verdade, não há atividades que escapem dos efeitos da globalização do capitalismo. Nem mesmo os esportes. Nem a seleção canarinho dispensa o patrocínio da Coca-Cola, símbolo estridente do processo de globalização do capital.
A influência política da globalização chega ao ponto de entidades de direitos humanos dos Estados Unidos tomarem conhecimento da chacina de meninos de rua, ocorrida em 1993 em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, antes mesmo do próprio governo brasileiro."
Não existe uma definição que seja aceita por todos, mas é basicamente um processo ainda em curso de integração de economias e mercados nacionais. No entanto, ela compreende mais do que o fluxo monetário e de mercadoria; implica a interdependência dos países e das pessoas, além da uniformização de padrões e está ocorrendo em todo o mundo, também no espaço social e cultural. É chamada de "terceira revolução tecnológica" (processamento, difusão e transmissão de informações) e acredita-se que a globalização define uma nova era da história humana.
As navegações e o processo colonialista constituíram momentos que permitiram à humanidade acelerar os contatos de troca de informações, de técnicas, de cultura e principalmente expandir o capitalismo e interligar os mercados mundiais. Pode-se dizer que a multiplicação dos espaços de lucro (domínio de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas) conduziu o mundo à globalização.
Apesar de ser um processo antigo, apenas na década de 90 a globalização se impôs como um fenômeno de dimensão realmente planetária, a partir dos Estados Unidos e da Inglaterra e de quando a tecnologia de informática se associou à de telecomunicações.
Globalização
23/10/2003
Escrito por:
Manoel Ruiz
O conceito globalização surgiu em meados da década de 1980, a qual vem a substituir conceitos como internacionalização e transnacionalização, porém se voltarmos no tempo podemos observar que é uma prática muito antiga. A humanidade desde o início de sua existência vem evoluindo, passou de uma simples família para tribos, depois foram formadas as cidades-estado, nações e hoje com a interdependência de todos os povos do nosso planeta, chegamos a um fenômeno natural, denominado de "aldeia global".
Globalização ou mundialização é a interdependência de todos os povos e países do nosso planeta, também denominado "aldeia global". As notícias do mundo são divulgadas pelos jornais, radio, TV, internet e outros meios de comunicação, o mundo assistiu ao vivo e a cores em 11 de setembro, o atentado ao World Trade Center (as torres gêmeas), a invasão americana ao Iraque, quem não assistiu o Brasil penta campeão mundial de futebol. Com toda essa tecnologia a serviço da humanidade, da a impressão que o planeta terra ficou menor. Podemos também observar que os bens de consumo, a moda, a medicina, enfim a vida do ser humano sofre influência direta dessa tal Globalização.
Hoje uma empresa produz um mesmo produto em vários países e os exportam para outros, também podemos observar a fusão de empresas, tudo isso tem como objetivo baixar custos de produção, aumentar a produtividade, então produtos semelhantes são encontrados em qualquer parte do mundo.
A Globalização analisada pelo lado econômico-financeiro teve seu início na década de 80, com a integração a nível mundial das relações econômicas e financeiras, tendo como pólo dominante os Estados Unidos. Analisando a Globalização podemos destacar o lado positivo como: o intercambio cultural e comercial entre nações, importante para todos os povos, os riscos reais, entre outros. Agora vamos ver o lado negativo: a Globalização é crescente os povos ficam a cada dia mais interdependentes, porém os países desenvolvidos são os maiores beneficiados ficando cada vez mais ricos, enquanto os países em desenvolvimento ficam cada vez mais pobres. Então algumas medidas deverão ser tomadas para tentar mudar este quadro.
http://www.sociedadedigital.com.br
Globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política, com o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI. É um fenômeno gerado pela necessidade da dinâmica do capitalismo de formar uma aldeia global que permita maiores mercados para os países centrais (ditos desenvolvidos) cujos mercados internos já estão saturados. O processo de Globalização diz respeito à forma como os países interagem e aproximam pessoas, ou seja, interliga o mundo, levando em consideração aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos. Com isso, gerando a fase da expansão capitalista, onde é possível realizar transações financeiras, expandir seu negócio até então restrito ao seu mercado de atuação para mercados distantes e emergentes, sem necessariamente um investimento alto de capital financeiro, pois a comunicação no mundo globalizado permite tal expansão, porém, obtêm-se como conseqüência o aumento acirrado da concorrência.
"Parece absurdo pensar nisso, mas a temperatura de seu corpo, nesse exato momento, é preservada por uma roupa produzida graças ao trabalho de milhares de pessoas em várias partes do mundo.
Por qualquer ângulo que se olhe, percebemos que cada indivíduo vive hoje numa sociedade mundial. As pessoas se alimentam, se vestem, moram, são transportadas, se comunicam, se divertem, por meio de bens e serviços mundiais, utilizando mercadorias produzidas pelo capitalismo mundial, globalizado.
Suponhamos que você vá com seus amigos comer um cheeseburger e tomar Coca-Cola no McDonald's. Em seguida, assista a um filme de Steven Spielber e volte para casa num carro Ford ou num ônibus Mercedes. Ao chegar, o telefone toca. Você atende num aparelho fabricado pela Siemmens e ouve um amigo lembrando-o de um videoclipe que começou há instantes na televisão: Michael Jackson em seu último lançamento. Você corre e liga o aparelho da marca Mitsubishi. Ao terminar o clipe, decide ouvir um CD do grupo Simply Red gravado pela BMG Ariola Discos, de propriedade da Warner, em seu equipamento Philips.
Veja quantas empresas transnacionais estiveram presentes nesse curto programa de algumas horas. Na verdade, não há atividades que escapem dos efeitos da globalização do capitalismo. Nem mesmo os esportes. Nem a seleção canarinho dispensa o patrocínio da Coca-Cola, símbolo estridente do processo de globalização do capital.
A influência política da globalização chega ao ponto de entidades de direitos humanos dos Estados Unidos tomarem conhecimento da chacina de meninos de rua, ocorrida em 1993 em frente à igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, antes mesmo do próprio governo brasileiro."
Não existe uma definição que seja aceita por todos, mas é basicamente um processo ainda em curso de integração de economias e mercados nacionais. No entanto, ela compreende mais do que o fluxo monetário e de mercadoria; implica a interdependência dos países e das pessoas, além da uniformização de padrões e está ocorrendo em todo o mundo, também no espaço social e cultural. É chamada de "terceira revolução tecnológica" (processamento, difusão e transmissão de informações) e acredita-se que a globalização define uma nova era da história humana.
As navegações e o processo colonialista constituíram momentos que permitiram à humanidade acelerar os contatos de troca de informações, de técnicas, de cultura e principalmente expandir o capitalismo e interligar os mercados mundiais. Pode-se dizer que a multiplicação dos espaços de lucro (domínio de mercados, locais de investimento e fontes de matérias-primas) conduziu o mundo à globalização.
Apesar de ser um processo antigo, apenas na década de 90 a globalização se impôs como um fenômeno de dimensão realmente planetária, a partir dos Estados Unidos e da Inglaterra e de quando a tecnologia de informática se associou à de telecomunicações.
Regesd!!!
Olá Colegas!!!
Que Deus esteja ao nosso lado nos guiando rumo ao sucesso!!!Que consigamos terminar nosso Curso de Pós Graduação em Mídias na Educação a Distãncia com muito êxito..
A criação do Blog Regesdinteratividade.blogspot.com, teve como objetivo principal demonstrar não somente ao nosso grupo do Pós como também a todos que nos visitarem, a importância que o EaD possui oportunizando as pessoas que não possuem curso superior e que estão muitas vezes em desvio de função , realizarem sua graduação a distância.
A Geografia, um dos cursos que é oferecido, juntamente com Biologia, Matemática. Artes e Espanhol, tem se apresentado com grande procura e com alunos interessados , participativos e que realmente sabem o que querem,já que os resultados demonstram resultados plenamente satisfatórios.
Muitos dos alunos residem em lugares bem distantes do nosso polo, Pelotas , como por exemplo, Três de Maio...o que nos faz acreditar que a própria geografia rompe barreiras e nos aproxima para que possamos olhar para a mesma direção com os mesmos objetivos.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul,a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul , a Universidade de Caxias do Sul, a Universidade de Santa Cruz, a Universidade de Santa Maria, a Fundação Universidade de Rio Grande, a Universidade Federal de Pelotas e o Instituto Federal Sul Riograndense Ifsul, antigo Cefet, firmaram uma parceria para concretizarem um projeto de licenciar professores que trabalhavam sem a devida titulação.
Espero que todos que conhecerem o devido projeto, possam fazer uma avalição positiva e reconheçam que através da educação teremos condições de colaborar na formação desta nossa sociedade tão desigual e com uma má distribuição econômica, o que afasta cada vez mais os iguais , tornando-sos diferentes.
Realmente ...o sonho se concretizou!!!!E breve teremos nos aproximado ..mesmo distantes geograficamnte...mas com uma proximidade de ideais que se concretizarão para formarmos uma sociedade bem melhor!!!!
Obrigada pela atenção de todos .
Um grande abraço da Anita Carrasco
Que Deus esteja ao nosso lado nos guiando rumo ao sucesso!!!Que consigamos terminar nosso Curso de Pós Graduação em Mídias na Educação a Distãncia com muito êxito..
A criação do Blog Regesdinteratividade.blogspot.com, teve como objetivo principal demonstrar não somente ao nosso grupo do Pós como também a todos que nos visitarem, a importância que o EaD possui oportunizando as pessoas que não possuem curso superior e que estão muitas vezes em desvio de função , realizarem sua graduação a distância.
A Geografia, um dos cursos que é oferecido, juntamente com Biologia, Matemática. Artes e Espanhol, tem se apresentado com grande procura e com alunos interessados , participativos e que realmente sabem o que querem,já que os resultados demonstram resultados plenamente satisfatórios.
Muitos dos alunos residem em lugares bem distantes do nosso polo, Pelotas , como por exemplo, Três de Maio...o que nos faz acreditar que a própria geografia rompe barreiras e nos aproxima para que possamos olhar para a mesma direção com os mesmos objetivos.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul,a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul , a Universidade de Caxias do Sul, a Universidade de Santa Cruz, a Universidade de Santa Maria, a Fundação Universidade de Rio Grande, a Universidade Federal de Pelotas e o Instituto Federal Sul Riograndense Ifsul, antigo Cefet, firmaram uma parceria para concretizarem um projeto de licenciar professores que trabalhavam sem a devida titulação.
Espero que todos que conhecerem o devido projeto, possam fazer uma avalição positiva e reconheçam que através da educação teremos condições de colaborar na formação desta nossa sociedade tão desigual e com uma má distribuição econômica, o que afasta cada vez mais os iguais , tornando-sos diferentes.
Realmente ...o sonho se concretizou!!!!E breve teremos nos aproximado ..mesmo distantes geograficamnte...mas com uma proximidade de ideais que se concretizarão para formarmos uma sociedade bem melhor!!!!
Obrigada pela atenção de todos .
Um grande abraço da Anita Carrasco
Mundo Globalizado.
MUNDO GLOBALIZADO
Realidade e desafios na aurora do século XXIO mundo está globalizado em todas as suas instâncias. A globalização acontece graças ao avanço tecnológico e, particularmente, ao avanço das comunicações. A capacidade de informar e receber informações em tempo real, através dos novos meios de comunicação que o homem colocou em ação no final do século XX, permite que todos os feitos da vida humana cheguem até nós diuturnamente. Esse fenômeno é irreversível e tende a aperfeiçoar-se à medida que o conhecimento humano avança, ponto de já falarmos em tempo virtual. Nesse contexto, um dos segmentos que mais é atingido pelo processo, por ser um dos mais importantes no caminhar da humanidade, é o econômico. Assim, a globalização da economia é hoje um fato concreto.Todos movimentos econômicos são registrados e repassados ao mundo inteiro, atingindo de forma direta todas as nações.O processo de globalização é característico aprofundamento da internacionalização, juntamente com a crise do Estado. Isto é, o Estado com suas funções econômicas diminuídas, modificadas pelos protagonistas internacionalizados, conseqüência da financeirização das riquezas e do deslocamento do processo produtivo, se torna cada vez menos nacional, vindo a perder a eficiência nas funções sociais. Daí deriva a idéia de que a regulação não pode mais ser nacional, pois a internacionalização da produção e o aumento das desigualdades exigem contra-ataques duplos: um por parte de fora e outro de dentro das entidades locais do Estado-Nação, no sentido de controlar as desigualdades sociais. As diferenças entre a mundialização e a internacionalização estão na financeirização das riquezas e na globalização do processo produtivo. Anteriormente o processo era concentrado na circulação, deslocando-se agora para a produção, o que é uma novidade.As características dessa nova dimensão do processo encontram-se na concorrência rigorosa entre os diferentes mercados e na mobilidade internacional crescente dos fatores de produção. Essas características trazem consigo novidades:a) Aumento dos investimentos diretos (privatizações);b) Medidas de desregulamentação nos diversos setores;c) Ritmo sustentado da inovação;d) Homogeneização das demandas;e) Crescimento da mobilidade dos recursos e da concorrência;f) A forte interação entre globalização e inovação.Entre essas novidades, surge o desafio de encontrar capacidade econômica e social de valorizar os indivíduos e países ameaçados pelo processo, principalmente em face da concorrência. Isso depende da aplicação dos recursos existentes e da capacidade em utilizá-los eficazmente. É nesse contexto que se torna necessário definir um novo papel para o Estado: o de favorecer o processo de adaptação à globalização, pois se existem indícios da formação do mundo como um lugar único, os entraves devem ser eliminados progressivamente.2AS MAGROTENDÊNCIASEste mundo globalizado tem algumas macro-tendências importantes a serem observadas. Em primeiro lugar, ele estimula a entrada, mais uma vez, de um modelo econômico liberal, onde o livre-comércio se torna a mola do processo. Ou seja, a abertura comercial, que passou a ser o elemento motor da economia mundial nos últimos vinte anos do século XX, só foi possível em escala planetária graças ao avanço tecnológico das in-formações, o qual permitiu globalizar o mundo, em especial nas suas relações comerciais.Fonte: Google imagensEm segundo lugar, um mundo globalizado e economicamente aberto reforçou a interdependência entre os países, países esses que, na sua maioria, para poderem fazer frente à competição econômica que se instalou, passaram a construir parcerias, traduzidas em blocos econômicos regionais (União Européia, Mercosul...). Essa interdependência acaba transferindo para todas as nações do inundo os acontecimentos ocorridos em qualquer parte da Terra.3BLOCOS ECONÔMICOSCEI –Comunidade dos Estados IndependentesSADC–Comunidade para o desenvolvimento da África AustralUMA–União do MagrebÁrabeU. E. –União EuropéiaANZCERTA -Acordo comercial sobre relações econômicasEFTA –Associação Econômica EuropéiaASEAN –Associação das nações do sudeste asiáticoCAN –Comunidade Andina Das NaçõesNAFTA –Tratado Norte Americano de Livre ComércioMERCOSUL –Mercado Comum do SulAPEC –Cooperação Econômica da Ásia e do PacíficoMCCA –Mercado Comum Centro AmericanoCARICOM –Mercado Comum e Comunidade do CaribeMapa organizado por Paulo Roberto Quintana Rodrigues a partir do modelo The Map Blank – Google imagensEm terceiro lugar, pelo fato dos países reagirem ao processo através da construção dos chamados blocos econômicos, duas correntes de pensamento dividiram a opinião: a primeira procurou demonstrar que a formação dos blocos econômicos era uma reação protecionista, à medida que a economia mundial poderia assistir a uma guerra econômica entre blocos, ou seja, haveria um acirramento do protecionismo entre os blocos. Por outro lado, a segunda corrente, na qual nos incluímos, pensa que a formação dos blocos é um passo intermediário na construção de um unindo econômico mais aberto, portanto, menos protecionista. Primeiro se abrem as fronteiras e os mercados entre os países membros do bloco e, posteriormente, se abrem as fronteiras entre os blocos. As sucessivas negociações, sob a égide da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre os diferentes blocos e zonas de livre-comércio existentes no mundo no início do Terceiro Milênio (casos da União Européia e Mercosul; do Mercosul com o Pacto Andino; do Mercosul com o Nafta visando à criação da Associação de Livre-Comércio das Américas-Alca etc.) levam a crer que essa segunda corrente estaria prevalecendo no contexto mundial.Em quarto lugar, diante desses novos encaminhamentos mundiais os estados são obrigados a adotar uma nova postura. A necessidade de poupança interna para realizar investimentos e preparar o país para entrar ou manter-se nessa economia globalizada e aberta exige que não só a sociedade e seus agentes econômicos aprendam a fazer poupança, mas e, sobretudo os estados criem mecanismos de geração de poupança ou, pelo menos, de equilíbrio das contas públicas. Dessa forma, toda a reação dos estados passou a ser no sentido de enxugar a máquina estatal, buscando assumir uma ação organizadora do processo, no interior de seu território, e não mais interventora característica dos estados protecionistas de outrora. Evidentemente, tal enxugamento é doloroso e exige prioridades, a começar pela implantação de planos econômicos visando a ajustes estruturais significativos e4nem sempre compreendidos e aceitos pela sociedade, em especial quando tais sociedades estiverem sob o jugo do corporativismo estatal, caso da maioria dos países. A ação organizadora leva o Estado a trabalhar a noção de custos, no sentido de tornar mais leve sua burocracia e sua máquina funcional, a fim de permitir vantagens competitivas aos seus agen-tes econômicos na disputa por espaços de mercado, inclusive no interior do próprio país. Deriva daí o debate sobre as reformas de fundo que um Estado deve realizar e, em muitos casos, protela até o limite de sua inviabilização econômica (no caso do Brasil, podemos citar as reformas tributárias, fiscal, previdenciária, administrativa etc.).Em quinto lugar, tal realidade permite diferenciar as vantagens comparativas das competitivas. Se as primeiras podem designar as chamadas vantagens naturais que um país possui em relação a outro, a segunda permite analisar as vantagens construídas com base no custo do Estado e da infra-estrutura posta à disposição dos agentes econômicos para que realizem o comércio internacional. Entram neste contexto os impostos, as taxas, a qualidade das vias de transporte, dos portos, das comunicações, da energia elétrica e assim por diante. A evidência de que se torna fundamental existir vantagens competitivas leva os países a buscarem novas maneiras de administrarem a coisa pública. Em muitos casos, a privatização acaba sendo um dos encaminhamentos dados ao problema. E não sem razão!A sexta macro-tendência está na formação de mega-empreas, por via das chamadas mega-fusões, aquisições ou *joint-ventures. Os agentes econômicos, mais rapidamente e diretamente expostos ao processo de abertura comercial num mundo globalizado, aceleram a estratégia de formarem empresas mais fortes, com mais escala, visando a obter mais competitividade econômica. São esses conglomerados, que surgem em todos os setores da economia mundial, que passam a ditar as leis no mercado mundial. O movimento é tão significativo e necessário que praticamente todas as empresas, em qualquer parte do planeta, se põem a buscar parceiros visando a fortalecerem-se perante a concorrência. Para muitos, trata-se de uma condição para obter tecnologia e aporte financeiro. Caso contrário, não sobrevivem. Ocorre que, para atrair capital e tecnologia, as regiões e suas empresas precisam ter algo a oferecer. Dentro de sua lógica de acumulação, o capital virá caso haja um mercado promissor a desenvolver. Para tanto, a economia deve estar estabilizada, com a inflação sob controle, e o Estado enxuto capaz de suprir os agentes com a infra-estrutura que lhe compete, em especial educação, saúde, segurança e habitação.Um sétimo ponto está no fato de que, para alcançar tais objetivos e resultados, necessitamos de informação. Trata-se aqui de construir uma estratégia em quatro tempos: a obtenção da melhor informação disponível no mercado; a capacidade para analisar essa informação, isto é, ter elementos com formação para poderem interpretar o que as informações nos indicam; traçar tendências e ser capazes de definir a tendência vitoriosa, ou seja, aquela que teria mais probabilidades de se confirmar. O quarto passo é inserir-se nessa tendência, fato que exige elementos como infra-estrutura e pessoal preparado. Essa estratégia, adaptada à realidade de cada região ou agente econômico, é o instrumento essencial para avançar no mercado globalizado.* A expressão de origem americana Joint Venture designa uma forma de aliança entre duas ou mais entidades juridicamente independentes com o fim de partilharem o risco de negócio, os investimentos, as responsabilidades e os lucros associados a determinado projeto.5A oitava macro-tendência está no fato de que, se os blocos econômicos são uma realidade, igualmente a construção de moedas únicas parece ser o caminho. A União Européia deu o passo em 1999, ao criar o Euro.Outros blocos deverão seguir seus passos, caso do Mercosul num futuro um pouco mais distante. A necessidade de melhor controlar os fluxos financeiros, o jogo cambial como arma de competitividade e a instabilidade em torno dos investimentos especulativos, alimenta essa estratégia, que poderá evitar que no futuro o mundo dependa, como hoje, de uma só moeda balizadora do comércio internacional e dos humores da economia interna do país que detém o controle sobre sua emissão, caso do dólar norte-americano.Em nono lugar, o mundo entrou na era das "indústrias do conhecimento", totalmente criadas pelo homem, independentemente dos recursos naturais, o que leva ao desaparecimento das vantagens comparativas. Nesse contexto, os produtos do futuro incluirão cada vez menos materiais e cada vez mais "conhecimento". Ou seja, as indústrias de base científica criam vantagens comparativas desvinculadas dos recursos naturais e de van-tagens locacionais.Representação da indústria do conhecimentoPor fim, diante da complexidade das decisões e encaminhamentos que o mundo globalizado enfrenta, outra macro-tendência será a criação de organismos supranacionais para resolverem questões relativas às relações internacionais. A alternativa encontrada, por enquanto, foi a de revisar a estrutura e o papel do Banco Mundial (Bird), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).6Representação do poder no Banco MundialRepresentação do FMI7Mapa representando o entrelaçamento em empresas das mais diversas nacionalidades.Aliás, a transformação do Acordo Geral de Comércio e Tarifas (Gatt) em OMC, em janeiro de 1995, está nessa linha de raciocínio. Provavelmente o mundo deverá criar novas entidades e os países deverão buscar os meios para delas participarem. O Brasil, por exemplo, busca ser o representante da América Latina e mesmo dos chamados países emergentes.OS DESAFIOS DO CAPITALISMOO desenvolvimento da formação econômica capitalista é identificado através da expansão das trocas internacionais, resultado do prolongamento natural das economias. Na verdade, ao utilizar o conhecimento que temos de história, veremos que os mercados sempre existiram, quer fossem trocas entre povos primitivos ou grandes feiras ambulantes da Idade Média. Nesse período, o pré-capitalista, não se tinha um sistema de mercado que sustentasse e mantivesse uma sociedade inteira. Tão somente havia troca de mercadorias.Ainda não era possível vislumbrar um sistema de mercado, em virtude de que os três fatores básicos de produção, terra, trabalho e capital, não representavam um efetivo papel dentro da economia. As terras, simplesmente, representavam o cerne da vida social, não sendo propriedades a serem vendidas ou compradas. O trabalho não era comercializado, isto é, não havia uma demanda de emprego na qual os indivíduos vendiam seus serviços a quem lhes oferecesse mais. Quanto ao capital, não lhe era dado um novo e criativo uso.Em suma, foi da gradual transformação nas relações de "função" dos fatores de produção que o capitalismo originou-se, no período medieval. Essa fase, de avanço do comércio internacional, provocou um forte desenvolvimento dos mercadores, de tal forma que8a ordem social inteira progressivamente se transformou, passando assim o mercado a governar o conjunto da vida econômica e social.Foi nessa crença, em que o livre funcionamento do mercado resolve da melhor forma possível os problemas econômicos da sociedade, que surgiu a doutrina liberal. Foi dentro dessa doutrina que o regime capitalista encontrou seus sustentáculos para consolidar-se como um sistema mundial. Suas idéias baseiam-se no individualismo; na liberdade de expressão e planejamento; na livre iniciativa; na propriedade privada dos meios de produção; na livre concorrência e no Estado reduzido. Faz parte dessa corrente de pensamento o chamado "pai da economia", Adam. Smith. Ele afirmava que o mercado tornaria conta das necessidades da sociedade desde que fosse deixado em paz consigo mesmo, ou seja, que as leis da evolução levariam a sociedade para um estado de graça. Articulava-se contra a interferência do governo no mecanismo de mercado.Entretanto, com o passar dos anos, esse pensamento sofreu crises e mudanças, em razão da concorrência feroz que os avanços tecnológicos da Revolução industrial trouxeram. Isso gerou, em grande parte, o domínio do mercado por monopólios nacionais, consolidando grupos econômicos nacionais. Em resposta a essas crises, surgiram dois regimes totalitaristas no início do século XX: o fascismo, na Itália, e o comunismo, na então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), tendo como intuito contrapor-se ao liberalismo, à medida que pregavam intervenção estatal na economia, justificada através do estado geral de desemprego em que ela se encontrava.É a partir desse contexto de transformações, críticas e busca de legitimidade de um sistema econômico em crise, que se iniciou um intenso debate ideológico. Ou seja, foi no século XX, a partir do final da 2ª Guerra Mundial, que o mundo começou a questionar-se, procurando identificar qual era o melhor sistema econômico entre o capitalismo, o socialismo e o comunismo.A realidade de hoje nos mostra que o capitalismo acabou impondo-se, mais pelo fracasso dos outros sistemas do que propriamente pelas suas virtudes. De fato, já no início dos anos 80, o sistema socialista aplicado pela então URSS faliu. Calcado desde seu início, em 1917, numa prática de planificação autoritária centralizada, onde a circulação de informações reais era difícil, o Estado concentrou o poder (tudo partia dele e a ele retornava), definindo os objetivos de produção. O regime socialista direcionou sua economia para a indústria pesada (militar), enquanto a agricultura devia fornecer os meios, homens e produtos. A indústria de bens de consumo viria posteriormente.Nos anos 60, o então primeiro-ministro, Nikita Khrouchtchev, mudou a linha econômica, visando a alcançar os níveis dos países capitalistas da época. Em razão disso, passou a priorizar a produção de bens de consumo. Como resultado de tal mudança, aconteceu um retrocesso no crescimento econômico, à medida que a então URSS partiu de um crescimento extensivo para a busca de um crescimento intensivo. O processo fracassou e a crise se apresentou, pois numa economia planificada, como a posta em prática, tornava-se difícil introduzir tecnologias e os custos eram elevadíssimos. Assim, a então URSS adotou o recurso do endividamento externo durante os anos 70, buscando a inserção na economia mundial, sem mudar o sistema. A prática passou a ser a importação maciça de tecnologia via crédito internacional, como a maioria dos países subdesenvolvidos capitalistas de então. O objetivo de tal estratégia era chegar a um crescimento, melhorar o nível de vida da população e reembolsar os empréstimos via a futura produção modernizada que se estava implantando. Naquele momento, a URSS contava muito, para o sucesso do seu plano, com as exportações de gás e petróleo. Ora, o choque mundial do petróleo, que elevou os preços internacionais em duas oportunidades (1973 e 1979) na década, não favoreceu aos soviéticos, pois seus poços eram obsoletos. Além disso, o endividamento era considerável e o dinheiro que entrou Do país apenas alimentou uma bolha econômica, dando origem a um falso milagre econômico.9Crise do petróleo (1973-1979)Como conseqüências de tais ações, encontramos: a expansão da produção e a produtividade não atingiram o esperado; o Estado soviético passou a adotar uma política de austeridade, buscando menos importação e mais crescimento; a crise agrícola, que ocorre na mesma oportunidade, acabou absorvendo as poucas vantagens do "boom" petrolífero, e a então URSS se consolidou como importante importadora de grãos; o segundo choque do petróleo, em 1979, acabou causando nova queda no crescimento econômico do país devido à elevação das taxas de juros internacionais. É nesse contexto econômico que a URSS iniciou a década de 80. Era evidente que o país não podia mais continuar resolvendo o problema pelo endividamento externo e que haveria necessidade de reformas internas profundas. Em março de 1985 Gorbatchev é escolhido para levar adiante tal guinada, sustentada pelos militares soviéticos. O período Gorbatchev, que deu início à tentativa serena de passagem de uma economia planificada para uma economia de mercado, com o apoio das instâncias capitalistas internacionais como o Banco Mundial e o FMI, além das principais nações desenvolvidas do planeta, foi caracterizado pela organização de empresas independentes e pela reforma de preços, com a paulatina liberalização do mercado. O sucesso das empresas passou a depender da eficiência gerencial e não mais do plano de ondas estatal, que privilegiava o volume produzido num período, sem considerar os meios utilizados para tal. I louve unia fantástica redução dos subsídios internos (da ordem de US$ 100 bilhões somente em 1987) e, em nível externo, o rompimento dos acordos com os chamados países-satélites (Leste Europeu, Cuba, Vietnã e outros países menores), fato que deixou livre o caminho para a "independência" dos países do Leste Europeu e a entrada do regime capitalista também nessas regiões.O símbolo de tal processo acabou sendo a derrubada do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989. Rapidamente, o governo Gorbatchev se viu num impasse: como elevar os preços a níveis reais, favorecendo os produtores, quando os salários não podiam acompanhar o processo devido a uma inflação galopante que se instalou? Havia a necessidade de saturar o mercado com bens de consumo, porém, como saturar sem uma reforma anterior de preços que estimulasse a produção? Frente a esses impasses, a idéia de se fazer uma passagem serena para a economia de mercado não vingou e a pressão interna, associada a uma ansiedade internacional, acabou inviabilizando o governo. Gorbatchev foi derrubado do poder por Yeltsin em 1991. Paralelamente, ocorreu a implosão do chamado "império soviético", com as antigas repúblicas se constituindo em estados independentes. Visando a guardar certa unidade, naquele mesmo ano a Rússia, então país líder das antigas repúblicas, buscou criar10a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) que, por enquanto, não se constituiu em bloco econômico como se imaginava na época. A. região chegou assim à segunda metade dos anos 90 sem conseguir concretizar a passagem para uma economia de mercado e num grande atraso econômico. O mundo, diante de uma liberalização econômica cada vez maior, passa a fazer exigências e o FMI é chamado para auxiliar nessa travessia de uma economia planificada para uma economia de mercado. A crise russa de 1998 apenas confirmou o caos econômico da região e particularmente da Rússia, deixando a entender que a recuperação daquela região, dentro, agora, de um sistema capitalista, levará muito mais tempo do que se imaginou inicialmente.Comunidade dos Estados Independentes - CEIQuanto ao comunismo, que tem na China seu expoente máximo, em termos econômicos, igualmente assumiu a forma capitalista. Ou seja, percebendo as mudanças mundiais, o governo chinês passou a adotar uma prática que poderíamos classificar de siri getteris , isto é, abrir o mercado, ingressar na OMC, liberar paulatinamente o comércio e o sistema financeiro, se inserir no modelo capitalista de livre-mercado, sem perder o controle estatal da política, calcado numa ditadura cruel e repressiva. Até quando tal associação durará? Pelo sim ou pelo não, o fato é que a China é o país que mais capta recursos internacionais atualmente, entre os países emergentes do planeta.Nesse contexto, o capitalismo, pela recuperação de um modelo econômico mais liberal, acabou impondo-se como via praticamente única no mundo no final do século XX. As discus-sões que nascem no interior de seu desenvolvimento, como a socioeconomia do desenvolvimento, a terceira via e o Estado mínimo, nada mais são do que linhas diferentes a serem adotadas, dentro de um mesmo modelo. Evidentemente, cada uma com os seus custos sociais específicos.A linha mais radical é a que defende o Estado mínimo. Já em perda de velocidade no final dos anos 90, esteve no auge da proposta liberal no início da década. A idéia central era deixar a iniciativa privada controlar o mercado e todas as suas relações econômicas, ficando no processo produtivo os mais preparados, equipados e competitivos. O Estado deveria servir apenas de ponto de articulação política visando dar as condições para que o capital pudesse11circular livremente em busca de sua natural acumulação. Os custos sociais de tal proposta, praticada em determinados pontos do planeta, assustaram o mundo e uma mudança de rumo se impôs. Tornou-se necessário diminuir o desemprego, controlar melhor o fluxo de capitais circulando pelo mundo, a maioria volátil e especulativa, e dar uma conotação moderna ao Estado.Nesse sentido, o mundo começou a construir opções. Embora a imprensa fale muito da "terceira via", que simplificadamente seria valorizar os aspectos sociais sem perder de vista a inserção econômica no mercado globalizado, é a proposta da socioeconomia do desenvolvimento que conseguiu aprofundar melhor e por mais tempo suas teses. Sem querer esgotar o problema, trata-se de recuperar a importância do Estado no processo econômico, não mais como um elemento interferente e protetor, mas sim como um elemento organizador do processo produtivo. O Estado, nessa lógica, assume as funções essenciais, como educação, saúde, segurança e habitação, e produz as condições de infra-estrutura para que a iniciativa privada consiga maior competitividade no mercado globalizado atual.Socieconomia – Fonte: Google imagens12Socioeconomia solidária – Fonte: Google imagensCentrada no Programada das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e apoiada por diversos autores contemporâneos, em especial da escola francesa, essa lógica visa construir um novo tipo de sociedade, tendo por base idéias importantes. Dentre elas podemos destacar a que defende que o desenvolvimento não é sinônimo de crescimento econômico, ou seja, não basta que o PIB cresça. É preciso saber e poder dividi-lo de forma razoavelmente igualitária entre os cidadãos que ajudaram na sua formação. Com isso, põe em questão o mecanismo da renda per capita (que apenas mascara a concentração de renda em um país) e cria índices novos, como o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o IPH (Índice de Pobreza Humana), os quais levam em conta não apenas o PIB e a população de um país, mas também a sua escolaridade, taxa de mortalidade infantil, nível de saúde, esperança de vida, acesso a universidades etc.13Fonte: Imagem GoogleAssim, desenvolvimento não se mede apenas pela renda per capita média, como as correntes mais liberais ainda hoje utilizam. Outra idéia dos defensores da socioeconomia do desenvolvimento está no fato de que não se nega a importância do mercado, da profissionali-zação e da eficiência, porém, é preciso reunir condições para chegar a tal estágio. Essas condições, que são econômicas, políticas, sociais e culturais, devem ser promovidas igualmente pelo Estado. O mercado, por si só, não irá proporcionar tais condições ao maior número possível de cidadãos. Nesse contexto, soma-se uma terceira idéia de base, pela qual o Estado tem a função de coordenar as forças econômicas e sociais, organizando o processo de desenvolvimento. Enfim, esse conjunto de idéias, para surtir efeitos práticos, exige uma profunda mudança de mentalidade do conjunto da sociedade.No fundo, a terceira via e a socioeconomia do desenvolvimento, até prova em contrário, tendem a formar, no futuro, uma linha única de pensamento. Seus eixos centrais podem ser assim enumerados:a) harmonização do crescimento através de maior poder às comunidades regionais para enfrentarem os seus problemas. Isso não significa eliminar a capacidade de planejar e executar do Estado. Significa, isto sim, dar uma nova orientação ao Estado: a de organizador do processo de crescimento;b) tal idéia implica uma profunda reforma na concepção de sociedade; a mesma sociedade deve aprender a avançar pela cooperação e não pela eliminação, a avançar pela qualidade e não pelo,jeitinho (o país do jeitinho e do levar vantagem em tudo terminou), a avançar pela construção positiva através da soma de ações coerentes e comprometidas com o todo e não pelo individualismo e o imediatismo das respostas (as "picuínhas" políticas devem ser superadas), a avançar não por receitas milagrosas e promessas, mas sim pelo fundamento profissional das propostas, tendo como horizonte não o amanhã, o imediatismo, mas o futuro daqui a uma ou duas gerações, enfim, a avançar economizando com eficiência, qualidade do bom gerente, e não desperdiçando recursos e energias;c) no caso do Brasil, temos agropecuária, indústrias, um setor terciário, capital humano14qualificado (embora necessitemos interiorizá-lo mais e valorizar mais o que temos), mas não tínhamos um mercado interno (grande falha dos modelos passados e que tentamos corrigir a partir do plano real); criado esse mercado interno, dando condições para que ele apareça de fato (já que as pessoas existem). Para tanto, necessário se faz mais poupança e melhor distribuição de renda (direta e indireta), melhoria das condições de vida (educação, saúde, transporte, comunicação, habitação etc.);d) precisamos reaprender a crescer, porém, não só em torno do investimento na capacidade de produção nova, mas, sim e sobretudo, em torno de uma melhor utilização da capacidade ociosa existente, de uma melhor administração de novos re-cursos naturais (terra, água), da eliminação do desperdício, de uma melhor organização social.Esta proposta da socioeconomia do desenvolvimento constitui-se em desafios enormes. .A começar pela mudança de mentalidade. Afinal, é mais simples lidar com problemas "macro", no abstrato, do que lidar com o interior do país, com a nossa realidade do dia-a-dia, com o mundo concreto do interior. De fato, o importante é saber traduzir opções gerais, ideologias, em propostas concretas, que saibam atacar o cotidiano. Esse é o nosso ponto de estrangulamento. Isso porque precisamos criar um processo d.e desenvolvimento a partir do mercado interno, sem eliminarmos a integração regional e o relacionamento internacional. Em outras palavras, precisamos aplicar de fato o planeja-mento, ou seja, economizar ao máximo o recurso escasso e substituí-lo, dentro do bom senso, por recursos abundantes (a teoria liberal, base do atual modelo, prega isso desde o início do século XX). Acontece que em muitas situações, em termos econômicos, ainda estamos no século XIX. Pior, na época mercantilista. Precisamos de planejamento em níveis dos recursos reais e humanos e não ao nível da manipulação de verbas orçamentárias.
Teorias da População
Teorias da população
Embora tenha sido um processo mundial, o crescimento acelerado da população tem ocorrido, principalmente, nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade são muito altas e as taxas de mortalidade vêm declinando.
O comportamento da população, ao longo dos séculos, tem suscitado estudos principalmente pelos descompassos no seu crescimento promovendo discussões e teorias, como se vê a seguir.
Teoria Malthusiana
Thomas R. Malthus (1766-1834)
Economista e demógrafo inglês, nascido em uma família da média aristocracia rural inglesa.Tornou-se sacerdote da Igreja Anglicana em 1796. Seu pai era amigo do filósofo David Hume e seguidor do filósofo Jean-Jacques Rousseau.
Nos países que se industrializavam, durante os séculos XVIII e XIX, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram.
Alarmados com o forte crescimento populacional que se instalava na Europa, alguns estudiosos procuraram teorias demográficas que pudessem explicar ou mesmo prever os possíveis desdobramentos que a questão sugeria. Entre estes estudiosos chama a atenção a teoria de Thomas Malthus, que ficou conhecida como malthusianismo. Tal teroria, analisou a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, concluindo que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população cresceria além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.
Diante desses fatos e para evitar problemas maiores, Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, com o objetivo de pressionar os mais humildes a reduzir o numero de filhos.
Contudo, Malthus não previu que a humanidade pudesse criar mecanismos que elevassem a produção agrícola como, por exemplo, o avanço tecnológico. Desse modo, aos poucos essa teoria foi perdendo credibilidade frente o que mostrava a realidade.
Teoria Neomalthusiana
Esta teoria surgiu em decorrência de uma alarmante segunda aceleração do crescimento populacional nos países subdesenvolvidos ocorrida após 1950. Esse período foi marcado por grandes avanços na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Os fatores elencados permitiram a redução nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido como explosão demográfica.
Com a nova aceleração populacional, estudos baseados nas idéias de Malthus, originaram um conjunto idéias e propostas denominada teoria neomalthusiana. Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo viés do crescimento populacional, tornando-se o responsável pela elevação dos gastos governamentais, comprometendo assim investimentos nos setores produtivos diminuindo um possível desenvolvimento econômico. Para estes teóricos, população numerosa seria entrave ao desenvolvimento podendo inclusive desencadear o esgotamento dos recursos naturais, o desemprego e à pobreza. Além disso, a instabilidade social poderia desencadear nos países subdesenvolvidos uma proximidade com países socialistas, que se expandiam naquele período da guerra fria. Para evitar este risco, os neomalthusianos propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”.
Essas políticas são adotadas até hoje e são popularizadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), inclusive controlando a aprovação de empréstimos aos países subdesenvolvidos à adoção de programas de controle de natalidade, financiados pelo Banco Mundial (BIRD).
O planejamento familiar, muitas vezes, elaborado pelas entidades privadas e públicas, estabelece que o controle populacional vá da distribuição gratuita de anticoncepcionais até a esterilização em massa de populações pobres.
Teoria Reformista ou Marxista
Os teóricos da filosofia marxista afirmavam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Ao contrário dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como o motor do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam à melhoria do padrão de vida da população mais pobre, e desta forma a miséria e o crescimento populacional acelerado seriam controlados.
A transição demográfica
Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.
Esse processo se daria em três etapas distintas:
1ª fase ou Pré-industrial: Os índices de mortalidade baixam de forma rápida, fruto de avanços nas técnicas agrícolas, de avanços tecnológicos, de avanços na medicina, alfabetização... Estes avanços contribuem decisivamente para alongar a esperança de vida e para reduzir a mortalidade. Mas as taxas de natalidade mantêm-se muito altas, desequilíbrio que se traduz num crescimento muito significativo da população.
2ª fase ou transacional: As taxas de natalidade iniciam uma importante descida motivada por diversos fatores (acesso à contracepção, aumento do nível de instrução, urbanização, substituição da agricultura de subsistência pela agricultura de mercado, etc.). A taxa de mortalidade continua a tendência descendente iniciada na fase 1 e, por esta razão, o crescimento natural continua relativamente alto.
3ª fase, aquela em que o crescimento natural passa de zero para negativo: taxas de natalidade inferiores às taxas de mortalidade
A Tabela abaixo mostra a tendência de crescimento dos 15 países mais populosos para o período de para 2003, 2015, 2025 e 2050
As Tendências da População Mundial
Os 15 países mais populosos do mundo - projeções para 2003, 2015, 2025 e 2050 2015
2025 2050 China 1,304,196 1,402,321 1,445,100 1,395,182
Índia 1,065,462 1,246,351 1,369,284 1,531,438
Estados Unidos da América 294,043 329,669 358,030
Indonésia 219,883 250,428 270,113 293,797
Brasil 178,470 201,970 216,372 233,140
Paquistão 153,578 240,465 249,766 348,700
Bangladesh 146,736 181,428 208,268 254,599
Rússia 143,246 133,429 124,428 101,456
Japão 127,654 127,224 123,444 109,722
Nigéria 124,009 161,726 192,115 258,478
México 103,457 119,618 129,866 140,228
Alemanha 82,476 82,497 81,595 79,145
Vietnan 81,377 89,996 127,407
Filipinas 79,999 96,338 108,589 117,693
Fonte: World Population Prospects- The 2002 Revision
var gaJsHost REG303 -A
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
O choque do Capitalismo
O CHOQUE DE CAPITALISMO
Levar um choque de capitalismo é adaptar sua economia às exigências competitivas
e concorrenciais de um mercado aberto, onde a eficiência, pelo aumento da produtividade
e a redução de custos, se torna o eixo central da sobrevivência. É alcançar tal resultado
pelas leis de mercado, sem necessitar do guarda chuva estatal, sem se proteger por detrás
do nacionalismo, usado frequentemente para a proteção de corporativismos ineficientes
privilegiados. Pois, os países que souberam aplicar um "choque de capitalismo" em suas
economias conseguiram se organizar relativamente bem nestes tempos de globalização
econômica. Aqueles que o fizeram parcialmente, em especial os emergentes, viram a
fragilidade da solução "meio-termista" quando da eclosão das crises mexicana (1991-
95), asiática (1997), russa (1998), brasileira (1999) e argentina (2000/ 2001).
No caso do Brasil, temos de ter claro que o processo que aí está vem desmistificar
uma idéia nacional muito difundida: a de que um empresário que sobrevive no Brasil
obtém sucesso em qualquer lugar do mundo. Isso não é verdade. O sucesso, para um
significativo segmento de agentes econômicos, só existia porque o sistema privilegiava o
financeiro e não o trabalho (a produção), em muitos casos o golpe e não a honestidade e,
quando a situação apertava, o Estado paternalista vinha em socorro de quem quebrava,
geralmente os ineficientes. O difícil mesmo é ser bom num sistema concorrencial,
disputado, onde o direito de errar não existe sob pena de quebrar definitivamente. É esse
choque de capitalismo que começamos a levar e a ele precisamos adaptar-nos, sem
esquecer que o Estado precisa chegar a uma coerência entre a teoria e a prática,
mirando-se nos exemplos mundiais e nas realidades regionais.
Assim, falar hoje de globalização no campo econômico é evocar o domínio de um
sistema econômico, o capitalismo, no espaço mundial. É evocar a posição do FMI e do
Banco Mundial em favor de reformas políticas e das instituições econômicas dos países
devedores (ajustes estruturais), especialmente na América Latina, África e Ásia. Reformas
cujo objetivo explícito é o de promover a difusão da lógica de mercado, permitir a
organização interna destas regiões para que possam reembolsar suas dívidas externas,
diminuindo sua demanda pela poupança mundial e, com isso, melhorar as condições de
acumulação do capital.
Mas, o domínio universal do capitalismo ultrapassa em muito o campo geopolítico,
não resumindo seu sucesso apenas na implosão do chamado império soviético e muito
menos na reestruturação econômica chinesa. Ou seja, ele não se reduz ao triunfo de um
bloco de estados sobre um outro e nem mesmo de um modo de produção sobre os seus
concorrentes. Ele tende, com efeito, a transcender a lógica de um sistema interestatal,
substituindo-o por uma lógica de redes transnacionais. Expressão da expansão espacial
do capitalismo, que atinge praticamente todos os confins do planeta, a globalização
da economia é, também e antes de tudo, um processo de desmantelamento das fronteiras
físicas e regulamentares que obstaculizam a acumulação do capital em escala mundial.
Em outras palavras, a receita da globalização visa a construir um novo espaço de
acumulação do capital.
1
Levar um choque de capitalismo é adaptar sua economia às exigências competitivas
e concorrenciais de um mercado aberto, onde a eficiência, pelo aumento da produtividade
e a redução de custos, se torna o eixo central da sobrevivência. É alcançar tal resultado
pelas leis de mercado, sem necessitar do guarda chuva estatal, sem se proteger por detrás
do nacionalismo, usado frequentemente para a proteção de corporativismos ineficientes
privilegiados. Pois, os países que souberam aplicar um "choque de capitalismo" em suas
economias conseguiram se organizar relativamente bem nestes tempos de globalização
econômica. Aqueles que o fizeram parcialmente, em especial os emergentes, viram a
fragilidade da solução "meio-termista" quando da eclosão das crises mexicana (1991-
95), asiática (1997), russa (1998), brasileira (1999) e argentina (2000/ 2001).
No caso do Brasil, temos de ter claro que o processo que aí está vem desmistificar
uma idéia nacional muito difundida: a de que um empresário que sobrevive no Brasil
obtém sucesso em qualquer lugar do mundo. Isso não é verdade. O sucesso, para um
significativo segmento de agentes econômicos, só existia porque o sistema privilegiava o
financeiro e não o trabalho (a produção), em muitos casos o golpe e não a honestidade e,
quando a situação apertava, o Estado paternalista vinha em socorro de quem quebrava,
geralmente os ineficientes. O difícil mesmo é ser bom num sistema concorrencial,
disputado, onde o direito de errar não existe sob pena de quebrar definitivamente. É esse
choque de capitalismo que começamos a levar e a ele precisamos adaptar-nos, sem
esquecer que o Estado precisa chegar a uma coerência entre a teoria e a prática,
mirando-se nos exemplos mundiais e nas realidades regionais.
Assim, falar hoje de globalização no campo econômico é evocar o domínio de um
sistema econômico, o capitalismo, no espaço mundial. É evocar a posição do FMI e do
Banco Mundial em favor de reformas políticas e das instituições econômicas dos países
devedores (ajustes estruturais), especialmente na América Latina, África e Ásia. Reformas
cujo objetivo explícito é o de promover a difusão da lógica de mercado, permitir a
organização interna destas regiões para que possam reembolsar suas dívidas externas,
diminuindo sua demanda pela poupança mundial e, com isso, melhorar as condições de
acumulação do capital.
Mas, o domínio universal do capitalismo ultrapassa em muito o campo geopolítico,
não resumindo seu sucesso apenas na implosão do chamado império soviético e muito
menos na reestruturação econômica chinesa. Ou seja, ele não se reduz ao triunfo de um
bloco de estados sobre um outro e nem mesmo de um modo de produção sobre os seus
concorrentes. Ele tende, com efeito, a transcender a lógica de um sistema interestatal,
substituindo-o por uma lógica de redes transnacionais. Expressão da expansão espacial
do capitalismo, que atinge praticamente todos os confins do planeta, a globalização
da economia é, também e antes de tudo, um processo de desmantelamento das fronteiras
físicas e regulamentares que obstaculizam a acumulação do capital em escala mundial.
Em outras palavras, a receita da globalização visa a construir um novo espaço de
acumulação do capital.
1
Mundo Globalizado!!!
MUNDO GLOBALIZADO:
Realidade e desafios na aurora do século XXI
O mundo está globalizado em todas as suas instâncias. A globalização acontece graças ao avanço tecnológico e, particularmente, ao avanço das comunicações. A capacidade de informar e receber informações em tempo real, através dos novos meios de comunicação que o homem colocou em ação no final do século XX, permite que todos os feitos da vida humana cheguem até nós diuturnamente. Esse fenômeno é irreversível e tende a aperfeiçoar-se à medida que o conhecimento humano avança, ponto de já falarmos em tempo virtual. Nesse contexto, um dos segmentos que mais é atingido pelo processo, por ser um dos mais importantes no caminhar da humanidade, é o econômico. Assim, a globalização da economia é hoje um fato concreto.Todos movimentos econômicos são registrados e repassados ao mundo inteiro, atingindo de forma direta todas as nações.
O processo de globalização é característico aprofundamento da internacionalização, juntamente com a crise do Estado. Isto é, o Estado com suas funções econômicas diminuídas, modificadas pelos protagonistas internacionalizados, conseqüência da financeirização das riquezas e do deslocamento do processo produtivo, se torna cada vez menos nacional, vindo a perder a eficiência nas funções sociais. Daí deriva a idéia de que a regulação não pode mais ser nacional, pois a internacionalização da produção e o aumento das desigualdades exigem contra-ataques duplos: um por parte de fora e outro de dentro das entidades locais do Estado-Nação, no sentido de controlar as desigualdades sociais. As diferenças entre a mundialização e a internacionalização estão na financeirização das riquezas e na globalização do processo produtivo. Anteriormente o processo era concentrado na circulação, deslocando-se agora para a produção, o que é uma novidade.
As características dessa nova dimensão do processo encontram-se na concorrência rigorosa entre os diferentes mercados e na mobilidade internacional crescente dos fatores de produção. Essas características trazem consigo novidades:
a) Aumento dos investimentos diretos (privatizações);
b) Medidas de desregulamentação nos diversos setores;
c) Ritmo sustentado da inovação;
d) Homogeneização das demandas;
e) Crescimento da mobilidade dos recursos e da concorrência;
f) A forte interação entre globalização e inovação.
Entre essas novidades, surge o desafio de encontrar capacidade econômica e social de valorizar os indivíduos e países ameaçados pelo processo, principalmente em face da concorrência. Isso depende da aplicação dos recursos existentes e da capacidade em utilizá-los eficazmente. É nesse contexto que se torna necessário definir um novo papel para o Estado: o de favorecer o processo de adaptação à globalização, pois se existem indícios da formação do mundo como um lugar único, os entraves devem ser eliminados progressivamente.
Realidade e desafios na aurora do século XXI
O mundo está globalizado em todas as suas instâncias. A globalização acontece graças ao avanço tecnológico e, particularmente, ao avanço das comunicações. A capacidade de informar e receber informações em tempo real, através dos novos meios de comunicação que o homem colocou em ação no final do século XX, permite que todos os feitos da vida humana cheguem até nós diuturnamente. Esse fenômeno é irreversível e tende a aperfeiçoar-se à medida que o conhecimento humano avança, ponto de já falarmos em tempo virtual. Nesse contexto, um dos segmentos que mais é atingido pelo processo, por ser um dos mais importantes no caminhar da humanidade, é o econômico. Assim, a globalização da economia é hoje um fato concreto.Todos movimentos econômicos são registrados e repassados ao mundo inteiro, atingindo de forma direta todas as nações.
O processo de globalização é característico aprofundamento da internacionalização, juntamente com a crise do Estado. Isto é, o Estado com suas funções econômicas diminuídas, modificadas pelos protagonistas internacionalizados, conseqüência da financeirização das riquezas e do deslocamento do processo produtivo, se torna cada vez menos nacional, vindo a perder a eficiência nas funções sociais. Daí deriva a idéia de que a regulação não pode mais ser nacional, pois a internacionalização da produção e o aumento das desigualdades exigem contra-ataques duplos: um por parte de fora e outro de dentro das entidades locais do Estado-Nação, no sentido de controlar as desigualdades sociais. As diferenças entre a mundialização e a internacionalização estão na financeirização das riquezas e na globalização do processo produtivo. Anteriormente o processo era concentrado na circulação, deslocando-se agora para a produção, o que é uma novidade.
As características dessa nova dimensão do processo encontram-se na concorrência rigorosa entre os diferentes mercados e na mobilidade internacional crescente dos fatores de produção. Essas características trazem consigo novidades:
a) Aumento dos investimentos diretos (privatizações);
b) Medidas de desregulamentação nos diversos setores;
c) Ritmo sustentado da inovação;
d) Homogeneização das demandas;
e) Crescimento da mobilidade dos recursos e da concorrência;
f) A forte interação entre globalização e inovação.
Entre essas novidades, surge o desafio de encontrar capacidade econômica e social de valorizar os indivíduos e países ameaçados pelo processo, principalmente em face da concorrência. Isso depende da aplicação dos recursos existentes e da capacidade em utilizá-los eficazmente. É nesse contexto que se torna necessário definir um novo papel para o Estado: o de favorecer o processo de adaptação à globalização, pois se existem indícios da formação do mundo como um lugar único, os entraves devem ser eliminados progressivamente.
América
Possíveis classificações
Ao visualizarmos um mapa das Américas, no seu conjunto, percebemos logo de início que é um continente muito extenso no sentido Norte – Sul. Em virtude dessas características, contribui para fazermos divisões regionais muito claras, onde encontramos neste mesmo espaço continental regiões tropicais, equatoriais e polares. Observamos também uma significativa diferença nas questões sócio-econômicas, onde nações ricas fazem fronteira com países mergulhados no caos econômico. Essas diversidades espaciais existentes no continente americano, tornando necessária a regionalização sobre o mesmo, gerando assim algumas divisões em seu território, o que didaticamente servem para melhor entender as suas relações na atualidade.
Abordagens Físicas (Base no relevo)
Para facilitar a compreensão física do continente americano, se observa que ao longo das Américas existem duas distintas e visíveis cadeias de montanhas na sua parte oeste (Montanhas Rochosas, ao norte e Cordilheira dos Andes, ao sul) e no centro do continente há um *“istmo” que une as duas partes (Norte e Sul). Em razão disto, divide-se a América em três partes: América do Norte, América Central e América do Sul. Essa divisão é muito difundida em todo o mundo. Esta classificação ordena os países americanos a partir de suas características naturais, onde os aspectos físicos são observados como maior diferencial entre as regiões.
Na América do Sul, por influência desta característica física, encontramos conjunto de países identificados com as características físicas: Países Andinos e Platinos, Amazônicos, por exemplo. Essas classificações estão relacionadas as sua localizações na Cordilheira dos Andes e na Bacia do Rio da Prata, e na própria região amazônica.
O relevo encontra-se dividido ainda em bacias sedimentares e planaltos, tanto ao norte como ao sul.
A rede hidrográfica, também é um elemento importante no processo da regionalização, pois podemos agregar em regiões, países que são drenados por alguns importantes rios do continente e que caracterizam as bacias hidrográficas: Rio Amazonas, Rio Uruguai, Rio Paraguai e Rio Paraná, por exemplo.
* ISTMO= é uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra.
Ao visualizarmos um mapa das Américas, no seu conjunto, percebemos logo de início que é um continente muito extenso no sentido Norte – Sul. Em virtude dessas características, contribui para fazermos divisões regionais muito claras, onde encontramos neste mesmo espaço continental regiões tropicais, equatoriais e polares. Observamos também uma significativa diferença nas questões sócio-econômicas, onde nações ricas fazem fronteira com países mergulhados no caos econômico. Essas diversidades espaciais existentes no continente americano, tornando necessária a regionalização sobre o mesmo, gerando assim algumas divisões em seu território, o que didaticamente servem para melhor entender as suas relações na atualidade.
Abordagens Físicas (Base no relevo)
Para facilitar a compreensão física do continente americano, se observa que ao longo das Américas existem duas distintas e visíveis cadeias de montanhas na sua parte oeste (Montanhas Rochosas, ao norte e Cordilheira dos Andes, ao sul) e no centro do continente há um *“istmo” que une as duas partes (Norte e Sul). Em razão disto, divide-se a América em três partes: América do Norte, América Central e América do Sul. Essa divisão é muito difundida em todo o mundo. Esta classificação ordena os países americanos a partir de suas características naturais, onde os aspectos físicos são observados como maior diferencial entre as regiões.
Na América do Sul, por influência desta característica física, encontramos conjunto de países identificados com as características físicas: Países Andinos e Platinos, Amazônicos, por exemplo. Essas classificações estão relacionadas as sua localizações na Cordilheira dos Andes e na Bacia do Rio da Prata, e na própria região amazônica.
O relevo encontra-se dividido ainda em bacias sedimentares e planaltos, tanto ao norte como ao sul.
A rede hidrográfica, também é um elemento importante no processo da regionalização, pois podemos agregar em regiões, países que são drenados por alguns importantes rios do continente e que caracterizam as bacias hidrográficas: Rio Amazonas, Rio Uruguai, Rio Paraguai e Rio Paraná, por exemplo.
* ISTMO= é uma porção de terra estreita cercada por água em dois lados e que conecta duas grandes extensões de terra.
Colonialismo
Expansão Colonial
Observa-se que desde a Antiguidade alguns estados,
alcançando um certo nível de riqueza e poder, procuravam
estender o seu domínio sobre outros povos, submetendo-os.
Algumas vezes foram povos mais poderosos, dirigidos por
soberanos guerreiros que chegaram a construir grandes
impérios, como o do Egito, o dos assírios, o dos caldeus, o dos
persas e o de Alexandre. Alguns desses impérios estavam tão
ligados à pessoa dos soberanos que desapareciam quando
eles faleciam porque seus sucessores dificilmente conseguiam
manter a unidade de estados multinacionais em que um grupo
étnico tinha o controle do poder e cobrava tributos dos povos
vencidos.
Mapa 1
Mapa 2
Povos de comerciantes, oriundos de cidades gregas e
fenícias, preocupados, sobretudo com o desenvolvimento do
comércio, enfrentavam os mares e estabeleciam colônias em
lugares distantes; assim, foram numerosas as colônias gregas
no sul da península Itálica, como Tarento na Sicília, como
Siracusa e Fenícia no norte da África e como Cartago.
Os romanos, a partir do século V a.C., expandiram o seu
domínio por todo o Mediterrâneo, tornando províncias suas, os
territórios outrora independentes da Europa Meridional; do
Oriente Médio e do Norte da África, levando suas legiões até a
Grã-Bretanha e às margens do Reno. No século V d.C., porém, o
Império desmoronou e foi transformado em uma série de
Estados que deram origem às nações modernas.
Império de Bizâncio ou Romano do Oriente ainda resistiu até o
século
XV, quando foi conquistado pelos turcos. A restauração do processo
imperial da Idade Antiga ainda foi tentada com o Império
Franco, de Carlos Magno, e, em seguida, com o Sacro Império
Romano-Germânico.
Mapa 3
Mas esse fenômeno não era típico da Europa ou da região
mediterrânea; ele se produzia também nos demais continentes.
Assim, na Ásia, os chineses construíram um grande império no
século VII, que desmoronou no século XIX. Havia também os
impérios mongóis de Gengis-Khan (século XIII) e de Tamerlão, que
chegaram a ameaçar os povos europeus.
Mapa 4
Mapa 5
Império de Tamerlão
Na América, no período pré-colombiano, formaram-se
impérios com a dominação de uns grupos sobre outros, como foi o
caso dos maias na Guatemala e sul do México, dos astecas no
Planalto do México e dos incas nos Andes peruanos e bolivianos.
Mapa 6
Na África, antes da invasão européia, também ocorreu a
formação de grandes reinos com povos dominados por outros,
como o do Mali, Songai, Benin, Nolongo, etc.
Mapa 7
Este processo de formação de colônias porém é bem diverso
do que ocorreria a partir do século XIV, estruturado pelos estados
nacionais europeus e se expandindo através dos continentes. Esta
expansão provocaria uma europeização do mundo e faria com que
os povos brancos da Europa dominassem toda a superfície da
terra por mais de cinco séculos.
CARACTERÍSTICAS DA EXPANSÃO COLONIAL
A expansão colonial se deu com a revolução comercial,
quando os povos europeus, dispondo da pólvora, ampliaram
consideravelmente o seu poder nas guerras e, conhecendo o
astrolábio e a bússola, puderam fazer as grandes navegações
oceânicas. Naturalmente que o interesse comercial crescia em
conseqüência do desenvolvimento do intercâmbio que se
organizara na Idade Média. No início da Idade Média a desordem
política e administrativa, conseqüente do desaparecimento do
Império Romano, provocou a desestabilização dos circuitos
comerciais; a dominância do modo de produção feudal fez com
que a vida rural ganhasse maior importância sobre a vida urbana,
ficando a produção agrícola e artesanal destinada,
principalmente, ao abastecimento local e regional. Enfraqueciamse,
assim, os circuitos comerciais a longa distância.
Nos últimos séculos da Idade Média, estes circuitos
começaram a se reconstruir. Tinham como principais agentes as
cidades italianas que passaram a controlar a circulação no
Mediterrâneo e as cidades hanseáticas – Bélgica, Holanda e
Alemanha – que passaram a controlar o comércio nos mares
Báltico e do Norte. Logo se estabeleceram caminhos por terra
entre as duas áreas e caravanas de comércio começaram a
percorrer a Europa Central.
O comércio enriqueceu uma nova classe social, a
burguesia, que pôde amealhar fortunas respeitáveis e fazer
empréstimos a senhores feudais e a reis, em troca de
vantagens e privilégios. Algumas famílias tornaram-se tão ricas
que passaram a desenvolver o comércio e o crédito entre
banqueiros judeus na Alemanha. Os reis, que procuravam
dominar os nobres, nem sempre dóceis às suas ordens,
facilmente se aliavam à burguesia, concedendo-lhe vantagens
e direitos.
A área de influência comercial das cidades italianas se
expandia até as índias, de onde vinham as especiarias, através
de relações com os árabes que dominavam o Oceano Indico e
que as entregavam em Alexandria. Ainda por caminhos
terrestres, as mercadorias chegavam a Constantinopla, capital
do Império Romano do Oriente, onde eram vendidas a
mercadores genoveses e venezianos. Estas linhas de comércio
sofreram uma grande queda quando, no século XV, os turcos
conquistaram Constantinopla (mapa 2), e se apoderaram de
várias províncias do antigo Império Romano do Oriente.
Tornou-se necessário, então, procurar um novo caminho
para as Índias. Daí o estímulo dado às grandes navegações e as
vantagens auferidas pelos portugueses e espanhóis que,
dominando a península Ibérica, encontravam-se às margens do
Atlântico, oceano que lhes era conhecido tanto através da
navegação de cabotagem como das atividades pesqueiras.
Mapa 8
Mapa 9
CONQUISTA DA ÁFRICA
A conquista da África seria iniciada pelos portugueses, que
a conheciam melhor que qualquer outro povo europeu e que
mantinham contatos diretos com os mouros do Marrocos. A
revolução que colocou D. João I no trono português representou
uma grande vitória da burguesia – sequiosa da conquista de
novos mercados –, sobre os nobres que viviam mais
preocupados com a conservação e exploração agrícola de suas
terras. Posteriormente, a facilidade de enriquecimento os
atrairia à aventura das navegações.
O próprio rei D. João I estimulou essa atividade, tendo o
seu filho, o infante D. Henrique, ficado famoso por se dedicar
ao empreendimento e por ter fundado, ao sul de Portugal, a
famosa Escola de Sagres, onde reunia navegadores,
astrônomos, matemáticos e comerciantes, com o fim de
planejarem as viagens, e de torná-las economicamente autosustentáveis.
Institucionalizou-se a política expansionista, com a
criação da Ordem de Cristo.
As descobertas foram iniciadas com a ocupação de Cabo
Verde (1445) e da Ilha de Madeira (1460) e continuaram com a
navegação ao longo da costa africana, visando alcançar um
caminho para as Índias. O avanço foi lento, de vez que só em
1488 foi alcançado o Cabo da Boa Esperança, indicando que os
oceanos Índico e Atlântico se intercomunicavam e que,
conseqüentemente, se poderia chegar à Índia por via marítima.
Nessas viagens, os portugueses estabeleceram feitorias nas
ilhas e em pontos estratégicos da costa africana, onde
exploravam produtos como a malagueta (costa da Libéria), o
ouro (costa de Gana) e os escravos. Foram numerosos os
escravos negros introduzidos em Portugal antes da invasão do
Brasil.
Em seguida, os portugueses se lançaram à navegação no
Oceano Indico, onde encontraram forte oposição por parte dos
árabes -que ocupavam certos pontos e controlavam o comércio
com os nativos; lá, estabeleceram feitorias e alcançaram a índia
em 1498, sob o comando de Vasco da Gama, trazendo sempre
do retorno, valiosa carga de pimenta (mapa 9).
Na Índia, os portugueses implantaram feitorias e criaram
um vice-reinado com a finalidade não só de impor a dominação
portuguesa, como de -enfrentar a concorrência dos franceses e
ingleses que passaram a disputar o controle da rica região. Não
satisfeitos com a expansão de seus domínios, os portugueses
foram alem, ao Sri-Lanka., ao Japão e à China, onde criaram a
colônia de Macau, e à Indonésia, onde se apossaram da porção
orientai do Timor. Construíram um grande império, que só iria
desmoronar na segunda metade do século XX.
A disputa da África seria feita também por outros povos
europeus que se lançaram à conquista e formação de colônias,
em seguida aos portugueses. Assim, os ingleses ocuparam
alguns pontos como a Gâmbia, os franceses ocuparam as áreas
situadas na África Ocidental e os holandeses, após a conquista
e perda de Angola, estabeleceram urna colônia no Cabo da Boa
Esperança, que daria origem, posteriormente, às repúblicas do
Transvaal e de Orange, destruídas pelos ingleses no início do
século XX.
Nesse período colonial, em que dominava o
mercantilismo, o colonizador em geral, com exceção dos boers
na África do Sul, não procurava se fixar na área conquistada, e
sim estabelecer feitorias, entrando em contato com os chefes
nativos para desenvolver o comércio. O comércio mais
importante no século XVI foi o das especiarias, mas o
transporte de grande quantidade do produto para a Europa
provocou a queda do preço e a perda da sua importância,
sendo substituído pelo comércio de escravos. Os escravos eram
trazidos da África para as colônias da América onde
portugueses, espanhóis, ingleses e franceses desenvolviam a
exploração mineral e a agricultura de "plantation".
CONQUISTA DA AMÉRICA
Até os FINS do século XV desconhecia-se, na Europa, a
existência de um continente — o americano — e de um oceano
—o Pacifico — entre a Europa e a Ásia. Julgava-se que a China, o
Japão e a índia esta- riam muito mais próximos da Europa do
que realmente estavam. Daí ter surgido a idéia de que
navegando para o oeste se chegaria ao leste, admitindo a
redondeza da terra.
O grande defensor desta tese foi o navegador Cristóvão
Colombo que solicitou apoio em várias cortes para o seu
empreendimento, só tendo sido ouvido e atendido em seus
apelos pelos reis católicos, Fernando de Aragão n Izabel de
Castela. Com uma pequena esquadra de três navios, o Santa
Maria, o Pinta e o Nina ele partiu de Paios a 3 de agosto de
1492 e alcançou a ilha de São Salvador nas Bahamas a 12 de
outubro do mesmo ano. Crente de que chegara às índias,
denominou de índios os habitantes da América.
A descoberta da América naturalmente punha em choque os
interesses portugueses e espanhóis de controlarem o mundo a
ser "descoberto", fato que levou o papa Alexandre VI, na bula
Inter Coetera, a dividi-lo entre os dois países, pelo meridiano
que passasse 100 léguas ao oeste de Cabo Verde. Não
aceitando a esfericidade da Terra, o Papa não imaginava que
na antípoda deste meridiano os interesses dos reis ibéricos
iriam colidir. Portugal, que certamente já tinha conhecimento
da existência do Brasil, contestou a bula e conseguiu um tratado
com a Espanha, o de Tordesilhas, que estabelecia corno
limite o meridiano que passava a 370 léguas ao oeste de Cabo
Verde. Por este tratado o Brasil seria apenas em parte
português, como se pode observar no mapa.
mapa 10
Na primeira metade do século XVI espanhóis e portugueses
percorreram os mares e foram ocupando, em nome dos seus
soberanos, as várias porções do território americano. Enquanto
os portugueses se estabeleceram no Brasil, os espanhóis
ocuparam as Antilhas, o México, a América Central e a porção
ocidental da América do Sul, desde o Panamá até a Patagônia.
Ingleses, franceses e holandeses não se conformaram com
a divisão do mundo ainda por descobrir, entre os países
ibéricos e tentaram ocupar algumas áreas ainda sob o controle
indígena ou conquistar porções já ocupadas por outros povos
europeus. Os franceses se estabeleceram ao norte, nas áreas
drenadas pelo rio São Lourenço — Quebec — e pelo rio
Mississipi — Luisiania — ocupando também algumas Antilhas —
Guadalupe, Martinica, etc. — parte do Haiti e uma porção das
Guianas. Os holandeses, repelidos de Nova Amsterdam, atual
Nova Iorque, pelos ingleses, e não conseguindo se apossar de
porções do território brasileiro, estabeleceram-se nas Guianas e
em algumas Antilhas como Curaçáo, Aruba, Santo Eustáquio,
etc. Os dinamarqueses garantiram o controle da Groenlândia e
de algumas das ilhas Virgens. Os ingleses, além de fundarem a
Nova Inglaterra, na porção nordeste dos Estados Unidos,
conquistaram à Espanha algumas das Antilhas — Jamaica,
Granada, Barbados — e tomaram à Holanda a porção ocidental
da Guiana. Em seguida, vitoriosos na guerra dos Sete Anos, em
1763, anexaram Quebec aos seus domínios, na porção
setentrional do continente. Os russos, vindos do leste, após
vencerem os povos asiáticos e ocuparem a Sibéria,
atravessaram o canal de Bering e se estabeleceram no Alasca.
Assim, na América, os estados que floresciam e os grupos
indígenas que dominavam grandes áreas, foram sendo
gradativamente dominados por povos europeus e tiveram sua
população submergida por contingentes sucessivos de
migrantes brancos e negros que destruíram uma civilização em
desenvolvimento.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL
À conquista seguiu-se a colonização. O objetivo do
colonizador era apropriar-se dos recursos existentes nas áreas
ocupadas e explorar, sob coação, a força de trabalho indígena,
inicialmente, e, em seguida, a africana. Mas as condições
variaram de uma área para outra, como veremos.
Nas áreas temperadas do norte, inglesa afrancesa foram
numerosos os contingentes europeus que procuraram migrar
para a América em busca de um novo lar, de uma área em que
pudessem viver mais livres das estruturas sociais européias,
estabelecendo-se como proprietários e comerciantes. Na área
inglesa, inclusive, a maior parte dos colonos atravessava o
oceano fugindo às restrições que sofria por razões religiosas.
Deram origem, assim, às colônias de povoamento, onde
procuravam substituir a população autóctone, indígena, pelos
mi grantes, e onde pensavam fundar nações brancas,
europeizadas, naquele lado (o ocidental) do Atlântico.
Nas áreas em que os europeus encontraram povos,
indígenas já civilizados, procuraram aproveitar as estruturas
existentes, substituir as autoridades e estabelecer um sistema
de exploração em que retirassem o máximo de metais
preciosos — prata e ouro de lotes de índios distribuídos aos
caudilhos espanhóis. Estes se estabeleciam ora em cidades
localizadas nas áreas de mineração, como no México, Quito,
Cuzco, Potosi, etc., ora em cidades portos por onde as riquezas
eram embarcadas para a Europa e ,que se tornaram centros
comerciais, corno Vara Cruz, Cartagena das Índias. Lima, etc.
Para melhor administrarem os grandes territórios de que
dispunham, os espanhóis criaram vice-reinados — do México, de
Nova Granada, do Peru e do Rio da Prata - capitanias gerais
como Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.
Nas áreas em que os indígenas eram selvagens, viviam na
idade da pedra e ainda não haviam se organizado em estados,
os europeus desenvolveram a exploração florestal — pau-brasil,
madeiras de lei, etc. — e implantaram a agricultura de produtos
tropicais — açúcar, algodão, especiarias, arroz, etc. — utilizando
inicialmente a força de trabalho indígena, escravizada, e, em
seguida, a mão-de-obra negra. Daí a grande importância da
população negra em países como o Brasil, as Antilhas e os
Estados Unidos em sua porção meridional.
Formou-se, desse modo, uma sociedade em que as
diferenças de classe eram fortalecidas pelas diferenças
étnicas, sendo difícil aos descendentes de negros e aos
indígenas ascenderem às classes dominantes. O racismo em
alguns países foi instituído e em outros foi aceito de forma
generalizada, embora não consagrado em lei.
Tivemos assim uma formação social latino-americana,
oriunda do capitalismo comercial e instituída em função da
expansão do processo capitalista de produção, adaptado às
condições dominantes no espaço e no tempo. Esta formação
ainda hoje marca de forma intensa as estruturas sociais latinoamericanas.
Texto adaptado de ANDRADE, Manuel Correia de.
Imperialismo e fragmentação do espaço. São Paulo:
Contexto, 1988.
Observa-se que desde a Antiguidade alguns estados,
alcançando um certo nível de riqueza e poder, procuravam
estender o seu domínio sobre outros povos, submetendo-os.
Algumas vezes foram povos mais poderosos, dirigidos por
soberanos guerreiros que chegaram a construir grandes
impérios, como o do Egito, o dos assírios, o dos caldeus, o dos
persas e o de Alexandre. Alguns desses impérios estavam tão
ligados à pessoa dos soberanos que desapareciam quando
eles faleciam porque seus sucessores dificilmente conseguiam
manter a unidade de estados multinacionais em que um grupo
étnico tinha o controle do poder e cobrava tributos dos povos
vencidos.
Mapa 1
Mapa 2
Povos de comerciantes, oriundos de cidades gregas e
fenícias, preocupados, sobretudo com o desenvolvimento do
comércio, enfrentavam os mares e estabeleciam colônias em
lugares distantes; assim, foram numerosas as colônias gregas
no sul da península Itálica, como Tarento na Sicília, como
Siracusa e Fenícia no norte da África e como Cartago.
Os romanos, a partir do século V a.C., expandiram o seu
domínio por todo o Mediterrâneo, tornando províncias suas, os
territórios outrora independentes da Europa Meridional; do
Oriente Médio e do Norte da África, levando suas legiões até a
Grã-Bretanha e às margens do Reno. No século V d.C., porém, o
Império desmoronou e foi transformado em uma série de
Estados que deram origem às nações modernas.
Império de Bizâncio ou Romano do Oriente ainda resistiu até o
século
XV, quando foi conquistado pelos turcos. A restauração do processo
imperial da Idade Antiga ainda foi tentada com o Império
Franco, de Carlos Magno, e, em seguida, com o Sacro Império
Romano-Germânico.
Mapa 3
Mas esse fenômeno não era típico da Europa ou da região
mediterrânea; ele se produzia também nos demais continentes.
Assim, na Ásia, os chineses construíram um grande império no
século VII, que desmoronou no século XIX. Havia também os
impérios mongóis de Gengis-Khan (século XIII) e de Tamerlão, que
chegaram a ameaçar os povos europeus.
Mapa 4
Mapa 5
Império de Tamerlão
Na América, no período pré-colombiano, formaram-se
impérios com a dominação de uns grupos sobre outros, como foi o
caso dos maias na Guatemala e sul do México, dos astecas no
Planalto do México e dos incas nos Andes peruanos e bolivianos.
Mapa 6
Na África, antes da invasão européia, também ocorreu a
formação de grandes reinos com povos dominados por outros,
como o do Mali, Songai, Benin, Nolongo, etc.
Mapa 7
Este processo de formação de colônias porém é bem diverso
do que ocorreria a partir do século XIV, estruturado pelos estados
nacionais europeus e se expandindo através dos continentes. Esta
expansão provocaria uma europeização do mundo e faria com que
os povos brancos da Europa dominassem toda a superfície da
terra por mais de cinco séculos.
CARACTERÍSTICAS DA EXPANSÃO COLONIAL
A expansão colonial se deu com a revolução comercial,
quando os povos europeus, dispondo da pólvora, ampliaram
consideravelmente o seu poder nas guerras e, conhecendo o
astrolábio e a bússola, puderam fazer as grandes navegações
oceânicas. Naturalmente que o interesse comercial crescia em
conseqüência do desenvolvimento do intercâmbio que se
organizara na Idade Média. No início da Idade Média a desordem
política e administrativa, conseqüente do desaparecimento do
Império Romano, provocou a desestabilização dos circuitos
comerciais; a dominância do modo de produção feudal fez com
que a vida rural ganhasse maior importância sobre a vida urbana,
ficando a produção agrícola e artesanal destinada,
principalmente, ao abastecimento local e regional. Enfraqueciamse,
assim, os circuitos comerciais a longa distância.
Nos últimos séculos da Idade Média, estes circuitos
começaram a se reconstruir. Tinham como principais agentes as
cidades italianas que passaram a controlar a circulação no
Mediterrâneo e as cidades hanseáticas – Bélgica, Holanda e
Alemanha – que passaram a controlar o comércio nos mares
Báltico e do Norte. Logo se estabeleceram caminhos por terra
entre as duas áreas e caravanas de comércio começaram a
percorrer a Europa Central.
O comércio enriqueceu uma nova classe social, a
burguesia, que pôde amealhar fortunas respeitáveis e fazer
empréstimos a senhores feudais e a reis, em troca de
vantagens e privilégios. Algumas famílias tornaram-se tão ricas
que passaram a desenvolver o comércio e o crédito entre
banqueiros judeus na Alemanha. Os reis, que procuravam
dominar os nobres, nem sempre dóceis às suas ordens,
facilmente se aliavam à burguesia, concedendo-lhe vantagens
e direitos.
A área de influência comercial das cidades italianas se
expandia até as índias, de onde vinham as especiarias, através
de relações com os árabes que dominavam o Oceano Indico e
que as entregavam em Alexandria. Ainda por caminhos
terrestres, as mercadorias chegavam a Constantinopla, capital
do Império Romano do Oriente, onde eram vendidas a
mercadores genoveses e venezianos. Estas linhas de comércio
sofreram uma grande queda quando, no século XV, os turcos
conquistaram Constantinopla (mapa 2), e se apoderaram de
várias províncias do antigo Império Romano do Oriente.
Tornou-se necessário, então, procurar um novo caminho
para as Índias. Daí o estímulo dado às grandes navegações e as
vantagens auferidas pelos portugueses e espanhóis que,
dominando a península Ibérica, encontravam-se às margens do
Atlântico, oceano que lhes era conhecido tanto através da
navegação de cabotagem como das atividades pesqueiras.
Mapa 8
Mapa 9
CONQUISTA DA ÁFRICA
A conquista da África seria iniciada pelos portugueses, que
a conheciam melhor que qualquer outro povo europeu e que
mantinham contatos diretos com os mouros do Marrocos. A
revolução que colocou D. João I no trono português representou
uma grande vitória da burguesia – sequiosa da conquista de
novos mercados –, sobre os nobres que viviam mais
preocupados com a conservação e exploração agrícola de suas
terras. Posteriormente, a facilidade de enriquecimento os
atrairia à aventura das navegações.
O próprio rei D. João I estimulou essa atividade, tendo o
seu filho, o infante D. Henrique, ficado famoso por se dedicar
ao empreendimento e por ter fundado, ao sul de Portugal, a
famosa Escola de Sagres, onde reunia navegadores,
astrônomos, matemáticos e comerciantes, com o fim de
planejarem as viagens, e de torná-las economicamente autosustentáveis.
Institucionalizou-se a política expansionista, com a
criação da Ordem de Cristo.
As descobertas foram iniciadas com a ocupação de Cabo
Verde (1445) e da Ilha de Madeira (1460) e continuaram com a
navegação ao longo da costa africana, visando alcançar um
caminho para as Índias. O avanço foi lento, de vez que só em
1488 foi alcançado o Cabo da Boa Esperança, indicando que os
oceanos Índico e Atlântico se intercomunicavam e que,
conseqüentemente, se poderia chegar à Índia por via marítima.
Nessas viagens, os portugueses estabeleceram feitorias nas
ilhas e em pontos estratégicos da costa africana, onde
exploravam produtos como a malagueta (costa da Libéria), o
ouro (costa de Gana) e os escravos. Foram numerosos os
escravos negros introduzidos em Portugal antes da invasão do
Brasil.
Em seguida, os portugueses se lançaram à navegação no
Oceano Indico, onde encontraram forte oposição por parte dos
árabes -que ocupavam certos pontos e controlavam o comércio
com os nativos; lá, estabeleceram feitorias e alcançaram a índia
em 1498, sob o comando de Vasco da Gama, trazendo sempre
do retorno, valiosa carga de pimenta (mapa 9).
Na Índia, os portugueses implantaram feitorias e criaram
um vice-reinado com a finalidade não só de impor a dominação
portuguesa, como de -enfrentar a concorrência dos franceses e
ingleses que passaram a disputar o controle da rica região. Não
satisfeitos com a expansão de seus domínios, os portugueses
foram alem, ao Sri-Lanka., ao Japão e à China, onde criaram a
colônia de Macau, e à Indonésia, onde se apossaram da porção
orientai do Timor. Construíram um grande império, que só iria
desmoronar na segunda metade do século XX.
A disputa da África seria feita também por outros povos
europeus que se lançaram à conquista e formação de colônias,
em seguida aos portugueses. Assim, os ingleses ocuparam
alguns pontos como a Gâmbia, os franceses ocuparam as áreas
situadas na África Ocidental e os holandeses, após a conquista
e perda de Angola, estabeleceram urna colônia no Cabo da Boa
Esperança, que daria origem, posteriormente, às repúblicas do
Transvaal e de Orange, destruídas pelos ingleses no início do
século XX.
Nesse período colonial, em que dominava o
mercantilismo, o colonizador em geral, com exceção dos boers
na África do Sul, não procurava se fixar na área conquistada, e
sim estabelecer feitorias, entrando em contato com os chefes
nativos para desenvolver o comércio. O comércio mais
importante no século XVI foi o das especiarias, mas o
transporte de grande quantidade do produto para a Europa
provocou a queda do preço e a perda da sua importância,
sendo substituído pelo comércio de escravos. Os escravos eram
trazidos da África para as colônias da América onde
portugueses, espanhóis, ingleses e franceses desenvolviam a
exploração mineral e a agricultura de "plantation".
CONQUISTA DA AMÉRICA
Até os FINS do século XV desconhecia-se, na Europa, a
existência de um continente — o americano — e de um oceano
—o Pacifico — entre a Europa e a Ásia. Julgava-se que a China, o
Japão e a índia esta- riam muito mais próximos da Europa do
que realmente estavam. Daí ter surgido a idéia de que
navegando para o oeste se chegaria ao leste, admitindo a
redondeza da terra.
O grande defensor desta tese foi o navegador Cristóvão
Colombo que solicitou apoio em várias cortes para o seu
empreendimento, só tendo sido ouvido e atendido em seus
apelos pelos reis católicos, Fernando de Aragão n Izabel de
Castela. Com uma pequena esquadra de três navios, o Santa
Maria, o Pinta e o Nina ele partiu de Paios a 3 de agosto de
1492 e alcançou a ilha de São Salvador nas Bahamas a 12 de
outubro do mesmo ano. Crente de que chegara às índias,
denominou de índios os habitantes da América.
A descoberta da América naturalmente punha em choque os
interesses portugueses e espanhóis de controlarem o mundo a
ser "descoberto", fato que levou o papa Alexandre VI, na bula
Inter Coetera, a dividi-lo entre os dois países, pelo meridiano
que passasse 100 léguas ao oeste de Cabo Verde. Não
aceitando a esfericidade da Terra, o Papa não imaginava que
na antípoda deste meridiano os interesses dos reis ibéricos
iriam colidir. Portugal, que certamente já tinha conhecimento
da existência do Brasil, contestou a bula e conseguiu um tratado
com a Espanha, o de Tordesilhas, que estabelecia corno
limite o meridiano que passava a 370 léguas ao oeste de Cabo
Verde. Por este tratado o Brasil seria apenas em parte
português, como se pode observar no mapa.
mapa 10
Na primeira metade do século XVI espanhóis e portugueses
percorreram os mares e foram ocupando, em nome dos seus
soberanos, as várias porções do território americano. Enquanto
os portugueses se estabeleceram no Brasil, os espanhóis
ocuparam as Antilhas, o México, a América Central e a porção
ocidental da América do Sul, desde o Panamá até a Patagônia.
Ingleses, franceses e holandeses não se conformaram com
a divisão do mundo ainda por descobrir, entre os países
ibéricos e tentaram ocupar algumas áreas ainda sob o controle
indígena ou conquistar porções já ocupadas por outros povos
europeus. Os franceses se estabeleceram ao norte, nas áreas
drenadas pelo rio São Lourenço — Quebec — e pelo rio
Mississipi — Luisiania — ocupando também algumas Antilhas —
Guadalupe, Martinica, etc. — parte do Haiti e uma porção das
Guianas. Os holandeses, repelidos de Nova Amsterdam, atual
Nova Iorque, pelos ingleses, e não conseguindo se apossar de
porções do território brasileiro, estabeleceram-se nas Guianas e
em algumas Antilhas como Curaçáo, Aruba, Santo Eustáquio,
etc. Os dinamarqueses garantiram o controle da Groenlândia e
de algumas das ilhas Virgens. Os ingleses, além de fundarem a
Nova Inglaterra, na porção nordeste dos Estados Unidos,
conquistaram à Espanha algumas das Antilhas — Jamaica,
Granada, Barbados — e tomaram à Holanda a porção ocidental
da Guiana. Em seguida, vitoriosos na guerra dos Sete Anos, em
1763, anexaram Quebec aos seus domínios, na porção
setentrional do continente. Os russos, vindos do leste, após
vencerem os povos asiáticos e ocuparem a Sibéria,
atravessaram o canal de Bering e se estabeleceram no Alasca.
Assim, na América, os estados que floresciam e os grupos
indígenas que dominavam grandes áreas, foram sendo
gradativamente dominados por povos europeus e tiveram sua
população submergida por contingentes sucessivos de
migrantes brancos e negros que destruíram uma civilização em
desenvolvimento.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA COLONIAL
À conquista seguiu-se a colonização. O objetivo do
colonizador era apropriar-se dos recursos existentes nas áreas
ocupadas e explorar, sob coação, a força de trabalho indígena,
inicialmente, e, em seguida, a africana. Mas as condições
variaram de uma área para outra, como veremos.
Nas áreas temperadas do norte, inglesa afrancesa foram
numerosos os contingentes europeus que procuraram migrar
para a América em busca de um novo lar, de uma área em que
pudessem viver mais livres das estruturas sociais européias,
estabelecendo-se como proprietários e comerciantes. Na área
inglesa, inclusive, a maior parte dos colonos atravessava o
oceano fugindo às restrições que sofria por razões religiosas.
Deram origem, assim, às colônias de povoamento, onde
procuravam substituir a população autóctone, indígena, pelos
mi grantes, e onde pensavam fundar nações brancas,
europeizadas, naquele lado (o ocidental) do Atlântico.
Nas áreas em que os europeus encontraram povos,
indígenas já civilizados, procuraram aproveitar as estruturas
existentes, substituir as autoridades e estabelecer um sistema
de exploração em que retirassem o máximo de metais
preciosos — prata e ouro de lotes de índios distribuídos aos
caudilhos espanhóis. Estes se estabeleciam ora em cidades
localizadas nas áreas de mineração, como no México, Quito,
Cuzco, Potosi, etc., ora em cidades portos por onde as riquezas
eram embarcadas para a Europa e ,que se tornaram centros
comerciais, corno Vara Cruz, Cartagena das Índias. Lima, etc.
Para melhor administrarem os grandes territórios de que
dispunham, os espanhóis criaram vice-reinados — do México, de
Nova Granada, do Peru e do Rio da Prata - capitanias gerais
como Cuba, Guatemala, Venezuela e Chile.
Nas áreas em que os indígenas eram selvagens, viviam na
idade da pedra e ainda não haviam se organizado em estados,
os europeus desenvolveram a exploração florestal — pau-brasil,
madeiras de lei, etc. — e implantaram a agricultura de produtos
tropicais — açúcar, algodão, especiarias, arroz, etc. — utilizando
inicialmente a força de trabalho indígena, escravizada, e, em
seguida, a mão-de-obra negra. Daí a grande importância da
população negra em países como o Brasil, as Antilhas e os
Estados Unidos em sua porção meridional.
Formou-se, desse modo, uma sociedade em que as
diferenças de classe eram fortalecidas pelas diferenças
étnicas, sendo difícil aos descendentes de negros e aos
indígenas ascenderem às classes dominantes. O racismo em
alguns países foi instituído e em outros foi aceito de forma
generalizada, embora não consagrado em lei.
Tivemos assim uma formação social latino-americana,
oriunda do capitalismo comercial e instituída em função da
expansão do processo capitalista de produção, adaptado às
condições dominantes no espaço e no tempo. Esta formação
ainda hoje marca de forma intensa as estruturas sociais latinoamericanas.
Texto adaptado de ANDRADE, Manuel Correia de.
Imperialismo e fragmentação do espaço. São Paulo:
Contexto, 1988.
Reginalização Mundial!!!
REGIONALIZAÇÃO MUNDIAL
Entendendo a Regionalização Mundial
A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do
planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda,
semelhanças na Formação Sócio-Econômico-Espacial.
As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme
diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta.
Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve-se inicialmente analisar o
momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser
interpretados.
Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de
grande utilidade, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a
atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem
e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade
das sociedades.
Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos
O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta
proposta de regionalização. Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado
às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a
atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da
precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os
que supostamente poderiam se desenvolver.
Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias:
· Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica.
· Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países
emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do
desenvolvimento.
· Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o
subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada
Estado.
· Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um
Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo
alfandegário.
· Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de
trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é
produto do desenvolvimento desigual de outros países.
Países Centrais e Periféricos
Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja
bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização.
No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos
travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem
qualquer forma de progresso, seja social ou econômico.
Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a
periferia jamais chegará ao centro. No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por
inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas
Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista
argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e
seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus
ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso
técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria
setores ligados à exportação em direção ao centro.
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações
Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E
TERCEIRO MUNDOS Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a
expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam
durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945).
Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro
estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da
população, porém somente o primeiro e segundo estados (clero e nobreza) tinham real
representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a
carga tributária. Na sua concepção, os países que se opunham às metrópoles imperialistas
formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos de
capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído
pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes.
Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em
Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se
popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de 2 regionalização
ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em
sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação
deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao
“Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade
econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao
interesses dos países dominantes.
Países do Norte e do Sul
Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor
precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos
responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o
enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a
disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década
de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo
Mundo”.
Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias,
convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum
momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre
Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A
desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra
Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.
Norte-sul
É uma divisão socioeconômica e política utilizada para atualizar a Teoria dos Mundos. A
partir dessa divisão, separa os países desenvolvidos, chamados de países do norte, dos países
do sul, grupo de países subdesenvolvidos ou emergentes (em desenvolvimento), divididos no
mapa através de uma linha imaginária. Apesar do nome, alguns países do norte também estão
no grupo, embora a maior parte desses países estejam localizados ao sul da Linha do Equador.
DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO NA ATUALIDADE
Com o desenvolvimento da economia informacional e da globalização, estruturou-se uma nova
organização da produção no mundo. O sociólogo espanhol Manuel Castells denominou-a “a mais nova
divisão internacional do trabalho”, que está disposta em quatro posições diferentes no capitalismo
informacional-global: os produtores de alto valor com base no trabalho informacional, os produtores de
grande volume baseado no trabalho de baixo custo, os produtores de matérias-primas que se baseiam em
recursos naturais e, finalmente, os produtores redundantes, limitados ao trabalho desvalorizado. A posição
privilegiada dos lugares dentro dessa nova especialização produtiva em escala mundial deve-se ao domínio
tecnológico, sobretudo das tecnologias da informação, ao nível educacional da população e,
consequentemente, à qualidade da força de trabalho.
A grande diferença da atual divisão internacional do trabalho em relação às anteriores é que ela não
ocorre entre países, portanto não coincide com seus limites territoriais. Essa nova divisão se estabelece
entre agentes econômicos localizados nas quatro posições mencionadas por Castells ao longo de uma
estrutura global de redes e fluxos. Esses agentes podem aparecer em posições diferentes de um mesmo
país (desenvolvido ou em desenvolvimento). A posição mais importante, a tecnologia – informática,
telecomunicações, robótica, biotecnologia, entre outras – e os trabalhadores mais qualificados, concentra-se
predominantemente nos países desenvolvidos, sobretudo nos tecnopólos, como o do Vale do Silício, na
Califórnia. Mas aparece também em países emergente, como o Brasil (Campinas-SP), Coréia do Sul
(Taedok) e Índia (Bengalore).
Os produtores de matérias-primas baseadas em recursos naturais, ou seja, os produtores e
exportadores de minérios e produtos agrícolas estão principalmente nos países subdesenvolvidos da África,
Ásia e América Latina, onde também se concentra a maior parte dos trabalhadores desvalorizados,
sobretudo aqueles que compõem a economia informal, os subempregados.
A atual divisão internacional do trabalho reforça as desigualdades internacionais que já existiam em
suas formas precedentes, gerando uma categoria nova do pondo de vista sócio-espacial: a das regiões e
países excluídos. A emergência dessa recente divisão internacional do trabalho não suprime as
modalidades anteriores, pois a maioria dos países africanos, asiáticos e latino-americanos continua
exportando produtos primários, inserindo-se na antiga divisão internacional do trabalho. O problema é que,
na economia informacional, as matérias-primas perdem valor no comércio internacional.
Nas formas precedentes da especialização produtiva mundial havia uma clara relação de
exploração entre os países incluídos nos fluxos internacionais de mercadorias – produtos industrializados e
matérias-primas – e capitais produtivos e especulativos. Na nova divisão internacional do trabalho proposta
por Castells, com a globalização, milhões de pessoas e vastos territórios estão ficando à margem dos fluxos
globais porque não são considerados importantes nem para serem explorados. Isso tem acontecido até
mesmo em países desenvolvidos e em países inteiros, sobretudo no continente africano, região fortemente
marginalizada na atual fase do capitalismo. Segundo o UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o
Comércio e o Desenvolvimento), os 52 países africanos que constavam em seu relatório de 2003
receberam apenas 1,7% dos capitais investidos produtivamente no mundo em 2002, enquanto os 26 países
desenvolvidos receberam 70,7% dos investimentos globais. O relatório do Bando Mundial publicado em
2003 mostrou que os países da África subsaariana foram responsáveis por apenas 1,5% das exportações
mundiais de 2001, enquanto os países desenvolvidos responderam por 75% das vendas externas de
mercadorias.
Mudam as características do capitalismo, suas bases tecnológicas, mas as desigualdades
internacionais (as assimetrias socioeconômicas) permanecem, quando não aumentam.
Entendendo a Regionalização Mundial
A Teoria da Regionalização Mundial tem por objetivo identificar grandes áreas do
planeta com características próximas, no que diz respeito à população e a economia, ou ainda,
semelhanças na Formação Sócio-Econômico-Espacial.
As Ciências Sociais buscam criar uma metodologia apropriada para lidar com a enorme
diversidade e também para compreender as diferentes realidades encontradas no planeta.
Para compreender um texto, em especial um Clássico, deve-se inicialmente analisar o
momento histórico a que ele se refere e/ou foi escrito; só a partir daí seus conceitos podem ser
interpretados.
Esta observação sobre diferentes metodologias e conceitos ao longo da história é de
grande utilidade, a principiar pelas diferentes formas de regionalização propostas até a
atualidade. Não se pode esquecer que com o decorrer da história, novas metodologias surgem
e novos conceitos são lançados para diagnosticar com maior propriedade a dinâmica realidade
das sociedades.
Países Desenvolvidos e Subdesenvolvidos
O economista Joseph Alois Schumpeter (1883-1950) foi um dos precursores desta
proposta de regionalização. Ele propôs o conceito de desenvolvimento econômico condicionado
às idéias de inovação tecnológica e da ruptura do “fluxo circular”. Schumpeter privilegiou a
atuação do empreendedor, do inovador na superação da condição de pobreza, da
precariedade. Assim estabeleceu a divisão do mundo entre aqueles que se desenvolveram e os
que supostamente poderiam se desenvolver.
Entre as diversas escolas do pensamento econômico se destacam as seguintes idéias:
· Liberalismo - o subdesenvolvimento é sinônimo de estagnação econômica.
· Neoliberalismo - criou os rótulos “países em desenvolvimento” e “países
emergentes”, e posicionou os antigos “subdesenvolvidos” dentro de uma fase do
desenvolvimento.
· Estruturalismo - estabeleceu que, além das razões econômicas, o
subdesenvolvimento era resultante da fragilidade das instituições próprias de cada
Estado.
· Keynesianismo - determinou o subdesenvolvimento como fruto da ausência de um
Estado forte, capaz de impor medidas reguladoras, subsídios e protecionismo
alfandegário.
· Teoria da Dependência - argumentou que o subdesenvolvimento é resultado de
trocas internacionais desiguais e não da ausência do desenvolvimento, portanto, é
produto do desenvolvimento desigual de outros países.
Países Centrais e Periféricos
Rosa Luxemburgo (1870-1919), filósofa marxista e militante revolucionária cuja
bandeira era “Socialismo ou barbárie”, foi grande defensora desta proposta de regionalização.
No sistema capitalista, segundo esta concepção, os países centrais e os países periféricos
travam um conflito desigual, no qual não há espaço para que os menos abastados alcancem
qualquer forma de progresso, seja social ou econômico.
Cada país ocupa um espaço e desempenha seu papel no mundo capitalista, assim a
periferia jamais chegará ao centro. No início do século XX, esta visão de mundo foi adotada por
inúmeros movimentos revolucionários, depois esquecida por algumas décadas
Na atualidade voltou a ganhar espaço nos meios acadêmicos. Em 1949, o economista
argentino Raul Prebish apresentou a tese O Desenvolvimento Econômico da América Latina e
seus Principais Problemas. Nesta obra, a difusão do progresso técnico e a distribuição dos seus
ganhos na economia mundial aconteciam de forma desigual. No centro, a difusão do progresso
técnico teria sido mais rápida e homogênea, enquanto na periferia, o progresso só atingiria
setores ligados à exportação em direção ao centro.
CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe da Organização das Nações
Unidas), criada também em 1949, adotou esta linha em seus estudos. PRIMEIRO, SEGUNDO E
TERCEIRO MUNDOS Em 1952, o demógrafo francês Alfred Sauvy (1898-1990), cunhou a
expressão “Terceiro Mundo” para classificar as novas nações da Ásia e da África que surgiam
durante o processo de descolonização, após a Segunda Guerra Mundial (1939- 1945).
Sauvy notou semelhanças entre as aspirações dessas nações com as do “terceiro
estado” antes da Revolução Francesa. Em 1789, o “terceiro estado” representava 95% da
população, porém somente o primeiro e segundo estados (clero e nobreza) tinham real
representatividade política, privilégios jurídicos e fiscais, o “terceiro estado” arcava com a
carga tributária. Na sua concepção, os países que se opunham às metrópoles imperialistas
formavam o “Terceiro Mundo”, isto é, um bloco de países capitalistas jovens, desprovidos de
capital e crédito, entre outras formas de precariedade. O “Segundo Mundo” era constituído
pelos países socialistas, o “Primeiro Mundo” pelos países capitalistas dominantes.
Em 1955, na primeira Conferência entre os países “Não Alinhados”, realizada em
Bandung, na Indonésia, esta proposta de regionalização ganhou espaço na mídia e se
popularizou nos anos da Guerra Fria. De forma equivocada esta proposta de 2 regionalização
ainda é utilizada, mesmo não existindo países socialistas (Segundo Mundo), pelo menos em
sua concepção original. Nos seus últimos anos de vida, Sauvy declarou que tal denominação
deveria ser abolida. Para ele, o “Terceiro Mundo” deveria ser um bloco politicamente oposto ao
“Primeiro Mundo” e não somente um agrupamento de países de grande precariedade
econômica. Além disso, os países designados como “Terceiro Mundo” não poderiam servir ao
interesses dos países dominantes.
Países do Norte e do Sul
Diferente das demais propostas de regionalização, esta não apresenta um autor
precursor, mas cabe destacar o presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, como um dos
responsáveis pela popularização dessa representação. Após décadas de Guerra Fria, o
enfrentamento ideológico entre Socialismo e Capitalismo (Leste x Oeste) perdeu espaço para a
disputa econômica entre Ricos e Pobres (Norte x Sul). A idéia ganhou força no início da década
de 1990, a partir da dissolução da União Soviética, principal representante do “Segundo
Mundo”.
Com relação a essas representações, deve ficar claro que são simplificações arbitrárias,
convenientes para a maior parte da mídia e para os Estados que as endossam. Em nenhum
momento o Leste foi totalmente Socialista nem o Oeste plenamente Capitalista. A divisão entre
Norte e Sul também é uma representação simbólica, que desrespeita a Linha do Equador. A
desigualdade entre Norte e Sul já existia, mas não se evidenciou após a Segunda Guerra
Mundial devido ao predomínio da Guerra Fria.
Norte-sul
É uma divisão socioeconômica e política utilizada para atualizar a Teoria dos Mundos. A
partir dessa divisão, separa os países desenvolvidos, chamados de países do norte, dos países
do sul, grupo de países subdesenvolvidos ou emergentes (em desenvolvimento), divididos no
mapa através de uma linha imaginária. Apesar do nome, alguns países do norte também estão
no grupo, embora a maior parte desses países estejam localizados ao sul da Linha do Equador.
DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO NA ATUALIDADE
Com o desenvolvimento da economia informacional e da globalização, estruturou-se uma nova
organização da produção no mundo. O sociólogo espanhol Manuel Castells denominou-a “a mais nova
divisão internacional do trabalho”, que está disposta em quatro posições diferentes no capitalismo
informacional-global: os produtores de alto valor com base no trabalho informacional, os produtores de
grande volume baseado no trabalho de baixo custo, os produtores de matérias-primas que se baseiam em
recursos naturais e, finalmente, os produtores redundantes, limitados ao trabalho desvalorizado. A posição
privilegiada dos lugares dentro dessa nova especialização produtiva em escala mundial deve-se ao domínio
tecnológico, sobretudo das tecnologias da informação, ao nível educacional da população e,
consequentemente, à qualidade da força de trabalho.
A grande diferença da atual divisão internacional do trabalho em relação às anteriores é que ela não
ocorre entre países, portanto não coincide com seus limites territoriais. Essa nova divisão se estabelece
entre agentes econômicos localizados nas quatro posições mencionadas por Castells ao longo de uma
estrutura global de redes e fluxos. Esses agentes podem aparecer em posições diferentes de um mesmo
país (desenvolvido ou em desenvolvimento). A posição mais importante, a tecnologia – informática,
telecomunicações, robótica, biotecnologia, entre outras – e os trabalhadores mais qualificados, concentra-se
predominantemente nos países desenvolvidos, sobretudo nos tecnopólos, como o do Vale do Silício, na
Califórnia. Mas aparece também em países emergente, como o Brasil (Campinas-SP), Coréia do Sul
(Taedok) e Índia (Bengalore).
Os produtores de matérias-primas baseadas em recursos naturais, ou seja, os produtores e
exportadores de minérios e produtos agrícolas estão principalmente nos países subdesenvolvidos da África,
Ásia e América Latina, onde também se concentra a maior parte dos trabalhadores desvalorizados,
sobretudo aqueles que compõem a economia informal, os subempregados.
A atual divisão internacional do trabalho reforça as desigualdades internacionais que já existiam em
suas formas precedentes, gerando uma categoria nova do pondo de vista sócio-espacial: a das regiões e
países excluídos. A emergência dessa recente divisão internacional do trabalho não suprime as
modalidades anteriores, pois a maioria dos países africanos, asiáticos e latino-americanos continua
exportando produtos primários, inserindo-se na antiga divisão internacional do trabalho. O problema é que,
na economia informacional, as matérias-primas perdem valor no comércio internacional.
Nas formas precedentes da especialização produtiva mundial havia uma clara relação de
exploração entre os países incluídos nos fluxos internacionais de mercadorias – produtos industrializados e
matérias-primas – e capitais produtivos e especulativos. Na nova divisão internacional do trabalho proposta
por Castells, com a globalização, milhões de pessoas e vastos territórios estão ficando à margem dos fluxos
globais porque não são considerados importantes nem para serem explorados. Isso tem acontecido até
mesmo em países desenvolvidos e em países inteiros, sobretudo no continente africano, região fortemente
marginalizada na atual fase do capitalismo. Segundo o UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para o
Comércio e o Desenvolvimento), os 52 países africanos que constavam em seu relatório de 2003
receberam apenas 1,7% dos capitais investidos produtivamente no mundo em 2002, enquanto os 26 países
desenvolvidos receberam 70,7% dos investimentos globais. O relatório do Bando Mundial publicado em
2003 mostrou que os países da África subsaariana foram responsáveis por apenas 1,5% das exportações
mundiais de 2001, enquanto os países desenvolvidos responderam por 75% das vendas externas de
mercadorias.
Mudam as características do capitalismo, suas bases tecnológicas, mas as desigualdades
internacionais (as assimetrias socioeconômicas) permanecem, quando não aumentam.
Assinar:
Postagens (Atom)