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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Teorias da População

Teorias da população

Embora tenha sido um processo mundial, o crescimento acelerado da população tem ocorrido, principalmente, nos países subdesenvolvidos, onde as taxas de natalidade são muito altas e as taxas de mortalidade vêm declinando.
O comportamento da população, ao longo dos séculos, tem suscitado estudos principalmente pelos descompassos no seu crescimento promovendo discussões e teorias, como se vê a seguir.

Teoria Malthusiana

Thomas R. Malthus (1766-1834)
Economista e demógrafo inglês, nascido em uma família da média aristocracia rural inglesa.Tornou-se sacerdote da Igreja Anglicana em 1796. Seu pai era amigo do filósofo David Hume e seguidor do filósofo Jean-Jacques Rousseau.
Nos países que se industrializavam, durante os séculos XVIII e XIX, a produção de alimentos aumentou e a população que migrava do campo encontrava na cidade uma situação socioeconômica e sanitária muito melhor. Assim, a mortalidade se reduziu e os índices de crescimento populacional se elevaram.
Alarmados com o forte crescimento populacional que se instalava na Europa, alguns estudiosos procuraram teorias demográficas que pudessem explicar ou mesmo prever os possíveis desdobramentos que a questão sugeria. Entre estes estudiosos chama a atenção a teoria de Thomas Malthus, que ficou conhecida como malthusianismo. Tal teroria, analisou a relação entre a produção de meios de subsistência e a evolução demográfica nos EUA e na Europa, concluindo que o crescimento populacional excedia a capacidade da terra de produzir alimentos. Enquanto o crescimento populacional tenderia a seguir um ritmo de progressão geométrica, a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética. Assim, a população cresceria além dos limites de sua sobrevivência, e disso resultariam a fome e a miséria.
Diante desses fatos e para evitar problemas maiores, Malthus propôs uma “restrição moral” aos nascimentos, o que significaria: proibir o casamento entre pessoas muito jovens; limitar o número de filhos entre as populações mais pobres; elevar o preço das mercadorias e reduzir os salários, com o objetivo de pressionar os mais humildes a reduzir o numero de filhos.
Contudo, Malthus não previu que a humanidade pudesse criar mecanismos que elevassem a produção agrícola como, por exemplo, o avanço tecnológico. Desse modo, aos poucos essa teoria foi perdendo credibilidade frente o que mostrava a realidade.

Teoria Neomalthusiana

Esta teoria surgiu em decorrência de uma alarmante segunda aceleração do crescimento populacional nos países subdesenvolvidos ocorrida após 1950. Esse período foi marcado por grandes avanços na área da saúde, como a produção de antibióticos e de vacinas contra uma série de doenças. Esse processo denominado revolução médico-sanitária, incluiu também a ampliação dos serviços médicos, as campanhas de vacinação, a implantação de postos de saúde pública em zonas urbanas e rurais e a ampliação das condições de higiene social. Os fatores elencados permitiram a redução nas taxas de mortalidade, principalmente a infantil, que até então eram muito elevadas nos países subdesenvolvidos. A diminuição da mortalidade e a manutenção das altas taxas de natalidade resultaram num grande crescimento populacional, que atingiu seu apogeu na década de 1960 e ficou conhecido como explosão demográfica.
Com a nova aceleração populacional, estudos baseados nas idéias de Malthus, originaram um conjunto idéias e propostas denominada teoria neomalthusiana. Novamente, os teóricos explicavam o subdesenvolvimento e a pobreza pelo viés do crescimento populacional, tornando-se o responsável pela elevação dos gastos governamentais, comprometendo assim investimentos nos setores produtivos diminuindo um possível desenvolvimento econômico. Para estes teóricos, população numerosa seria entrave ao desenvolvimento podendo inclusive desencadear o esgotamento dos recursos naturais, o desemprego e à pobreza. Além disso, a instabilidade social poderia desencadear nos países subdesenvolvidos uma proximidade com países socialistas, que se expandiam naquele período da guerra fria. Para evitar este risco, os neomalthusianos propunham a adoção de políticas de controle de natalidade, que se popularizaram com a denominação de “planejamento familiar”.
Essas políticas são adotadas até hoje e são popularizadas pela ONU (Organização das Nações Unidas) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), inclusive controlando a aprovação de empréstimos aos países subdesenvolvidos à adoção de programas de controle de natalidade, financiados pelo Banco Mundial (BIRD).
O planejamento familiar, muitas vezes, elaborado pelas entidades privadas e públicas, estabelece que o controle populacional vá da distribuição gratuita de anticoncepcionais até a esterilização em massa de populações pobres.

Teoria Reformista ou Marxista

Os teóricos da filosofia marxista afirmavam que a causa da superpopulação é o modo de produção capitalista e que a sobrevivência do capitalismo, como sistema, exige um excesso relativo da população. Ao contrário dos neomalthusianos, os reformistas consideram a miséria como o motor do acelerado crescimento populacional. Assim, defendem a necessidade de reformas sócio-econômicas que permitam à melhoria do padrão de vida da população mais pobre, e desta forma a miséria e o crescimento populacional acelerado seriam controlados.
A transição demográfica

Em oposição às teorias descritas anteriormente, para as quais o mundo vive um processo de explosão demográfica, tem sido cada vez mais aceita a teoria da transição demográfica. Segundo os defensores dessa teoria, formulada em 1929, o crescimento populacional tende a se equilibrar no mundo, com a diminuição das taxas de natalidade e mortalidade.
Esse processo se daria em três etapas distintas:
1ª fase ou Pré-industrial: Os índices de mortalidade baixam de forma rápida, fruto de avanços nas técnicas agrícolas, de avanços tecnológicos, de avanços na medicina, alfabetização... Estes avanços contribuem decisivamente para alongar a esperança de vida e para reduzir a mortalidade. Mas as taxas de natalidade mantêm-se muito altas, desequilíbrio que se traduz num crescimento muito significativo da população.
2ª fase ou transacional: As taxas de natalidade iniciam uma importante descida motivada por diversos fatores (acesso à contracepção, aumento do nível de instrução, urbanização, substituição da agricultura de subsistência pela agricultura de mercado, etc.). A taxa de mortalidade continua a tendência descendente iniciada na fase 1 e, por esta razão, o crescimento natural continua relativamente alto.
3ª fase, aquela em que o crescimento natural passa de zero para negativo: taxas de natalidade inferiores às taxas de mortalidade
A Tabela abaixo mostra a tendência de crescimento dos 15 países mais populosos para o período de para 2003, 2015, 2025 e 2050
As Tendências da População Mundial
Os 15 países mais populosos do mundo - projeções para 2003, 2015, 2025 e 2050 2015
2025 2050 China 1,304,196 1,402,321 1,445,100 1,395,182

Índia 1,065,462 1,246,351 1,369,284 1,531,438

Estados Unidos da América 294,043 329,669 358,030

Indonésia 219,883 250,428 270,113 293,797

Brasil 178,470 201,970 216,372 233,140

Paquistão 153,578 240,465 249,766 348,700

Bangladesh 146,736 181,428 208,268 254,599

Rússia 143,246 133,429 124,428 101,456

Japão 127,654 127,224 123,444 109,722

Nigéria 124,009 161,726 192,115 258,478

México 103,457 119,618 129,866 140,228

Alemanha 82,476 82,497 81,595 79,145

Vietnan 81,377 89,996 127,407

Filipinas 79,999 96,338 108,589 117,693
Fonte: World Population Prospects- The 2002 Revision
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